Governo prepara política nacional de segurança da informação

O avanço dos ataques cibernéticos nas redes do governo, a expansão da internet das coisas (IoT, na sigla em inglês), da Big Data e da computação em nuvem levaram o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República a propor uma Política Nacional de Segurança da Informação, como afirmou o coronel Arthur Sabbat, em debate nesta terça-feira, 22, no Painel Telebrasil, sobre TIC em Segurança Publica. Segundo ele, a minuta do projeto de lei fica pronto em quarto meses e deverá passar por consulta pública a partir de março de 2017, antes do projeto de lei ser enviado ao Congresso Nacional. 

Sabbat adiantou que a proposta se dará por meio de áreas estruturantes, que englobam desde governança da segurança da informação até telecomunicações, que são consideradas como infraestrutura crítica. Ele garantiu que o setor será ouvido para elaboração da minuta. Assegurou também que a proposta de Política Nacional terá coerência com padrões internacionais de segurança.

O coronel disse que as redes do governo sofrem milhares de ataques por semana, especialmente de abuso de sítio e indisponibilidade de serviço, mas garante que os órgãos estão cada vez mais preparados para diminuir os efeitos desses incidentes. Porém, a preocupação atual é com a contratação de serviços nas áreas de Big Data e cloud computing. "É preciso salvaguardar dados biométricos com governabilidade pública, combater o aumento do crime cibernético como serviço e o aumento do número de ataques cibernéticos", ressalta.

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 O gerente de soluções em smart cities da Huawei, Paulo Molnar, destaca que o custo da violência no Brasil corresponde a 5,4% do PIB – aproximadamente R$ 28,8 bilhões em 2014 – elevado com a ocorrência de quase 60 mil homicídios em 2014, mais de 10% dos 437 mil mundo 437 mil homicídios registrados nesse ano. Ele defende iniciativas de integração de informações entre Polícia Civil e Militar, além de fortalecimento do trabalho de inteligência policial e Polícia Científica, que têm se mostrado eficientes na redução de crimes.

 Molnar apresentou a solução da Huawei nesse campo, que engloba videovigilância, comunicação de emergência (rede e-LTE), comando central convergente em plataforma aberta com capacidade de integrar outros sistemas e extrair algo a mais que ajuda na resolução de casos e Big Data Policial para agregar valor à informação. O executivo disse que os projetos de safe city da Huawei atendem 400 milhões de pessoas em mais de 100 cidades de 30 países.

 Amazônia Conectada

O subchefe do Centro Integrado de Telemática do Exército (Citex), coronel Eduardo Wolski, apresentou no debate o avanço do programa Amazônia Conectada, que garante conectividade na região Norte do País. A iniciativa leva rede de fibra óptica subfluvial a 52 municípios, que congrega quarto milhões de habitantes. Além de ações na área de segurança pública, a rede conecta centenas de escolas públicas e apoia programas de telemedicina.

São 115 escolas públicas atendidas  somente entre Manaus e Tefé e dez com programas de telemedicina. Entre 2014 e 2015, o programa consumiu mais de R$ 18 milhões para o lançamento de 10 km no rio Negro, e de 235 km na ligação Coari-Tefé. Em 2016, outros 450 km de fibras ópticas subfluviais foram lançadas no rio Solimões, na ligação Manaus-Coari, ao custo de R$ 17,5 milhões, aplicados basicamente pelo Ministério da Educação. Para 2017, a previsão de gastos é de R$ 70 milhões em 1,5 mil km de infovias. Segundo o coronel Wolski, recursos ainda não garantidos.

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