Especificação de compra do satélite brasileiro ainda não está concluída

Fontes que acompanham diretamente os trabalhos da Visiona, a joint-venture entre Telebras e Embraer para o projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC), informam que ainda não foi possível fechar o texto da RFP (request for proposal, ou pedido de propostas para contratação) do satélite. A expectativa é de que o SGBC estivesse operando até 2014. Entre os fatores que complicam uma definição da RFP está, sobretudo, a complexidade do projeto. Segundo especialistas do setor de satélite ouvidos por este noticiário e que têm experiência em contratações desse tipo, a quantidade de detalhes técnicos que precisam ser especificados é muito grande, sobretudo em um satélite com banda Ka. Há pouca experiência em contratações desse tipo no mundo, pois não são muitos os satélites com cobertura na banda, e a tecnologia envolve complicadores adicionais, pois é preciso especificar elementos ativos do satélite e detalhes sobre a quantidade e a cobertura dos feixes que serão usados para o serviço de banda larga. Uma vez lançado, não é possível fazer alterações significativas na configuração dos feixes.

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Sem especificações muito cuidadosas, dizem os especialistas, o risco é comprar o que o fornecedor diz que é melhor, mas que não necessariamente refletirá as necessidades da operação. As minutas de RFP já estariam com mais de mil páginas. O problema no atraso é que o prazo de operação, de 2014, começa a ficar inviável. Normalmente, um satélite de comunicação geoestacionário, como é o SGDC, precisa de pelo menos três anos para ser produzido e lançado. E no caso brasileiro, paralelamente a isso, será preciso ainda construir o centro de operações, o parque de antenas e treinar o pessoal responsável por manter os serviços em funcionamento.

Recentemente, o ministro Paulo Bernardo deu delcarações em que previa o satélite apenas para o final de 2014, prazo ainda assim considerado inexequível por especialistas no setor.

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