O Citibank decidiu pedir a inclusão como réus, na ação que move contra o Opportunity e Daniel Dantas em Nova York, uma série de empresas e pessoas físicas do grupo carioca. Estão listados os nomes de Arthur Joaquim de Carvalho, Dório Ferman, Opportunity Fund, Banco Opportunity S/A e o Opportunity Prime Investment Services Ltda. Pela argumentação colocada em uma nova versão proposta do ?Amended Complaint?, que é a principal peça de acusação do Citi contra Dantas, fica claro que o objetivo da iniciativa é evitar as manobras do Opportunity que costuma colocar dezenas de empresas diferentes nas negociações e utiliza executivos (e nunca o próprio Daniel Dantas) como signatários dos documentos como forma de defesa pelo grupo.
É o problema, por exemplo, que a CPI dos Correios vem enfrentando para conseguir que o Supremo Tribunal Federal libere o acesso ao hard-disk apreendido na Operação Chacal da Polícia Federal na sede do grupo Opportunity. O grupo de Daniel Dantas alega que são pessoas jurídicas diferentes e que uma propriedade do banco não pode ser usada para uma investigação sobre empresas controladas por fundos e vice-versa. Para o Citibank, todas as empresas usadas pelo Opportunity são ?alter egos? do próprio Opportunity, e os executivos são sempre os mesmos em todos os contratos.
Telecom Italia
O Citibank também amplia a argumentação referente ao acordo com a Telecom Italia, atacando-o duramente e dizendo que o Opportunity se beneficiou ao prometer uma coisa que só poderia ser entregue com a aprovação da Brasil Telecom e com a alienação da operação celular para a TIM. Por fim, o Citi pede para que todas as liminares dadas até agora, que impedem o Opportunity de fazer qualquer coisa que tenha impacto sobre os ativos do Citi, sejam consideradas permanentes.