Segundo o advogado Sérgio Mannheimer, do escritório Andrade e Fichtner, contratado para defender os fundos de pensão, a decisão do desembargador atrapalha em muito a estratégia do Opportunity. "O banco, para conseguir a garantia legal de votar a desconstituição dos conselheiros, terá que voltar à primeira instância, abrindo uma nova ação. Mas agora eles terão tempo e deverão pensar melhor antes de tentar uma medida violenta como essa", diz Mannheimer. O Opportunity quer destituir os representantes dos fundos porque na assembléia do dia 25 de setembro eles não votaram em Paulo Pedrão (diretor financeiro da Brasil Telecom Participações) para assumir o cargo de diretor de plano da Sistel, fundo de pensão das operadoras de telecomunicações e também sócia da holding. Ao fazerem isso, os conselheiros Ronnie Vaz Moreira e Henrique Pizzolato, depois substituído por Sérgio Rosa, não acataram a decisão de uma reunião prévia da Invitel (empresa pela qual os fundos e o Opportunity participam da Brasil Telecom), o que é proibido pelo acordo de acionistas.