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Em meio à judicialização, fusão T-Mobile e Sprint foca em combinação de espectro para 5G

Presidente da divisão corporativa Sprint Business, Jan Geldmacher.

Aprovada na semana passada pela Federal Communications Commission (FCC), a fusão da T-Mobile com a Sprint ainda não está totalmente livre para ser colocada em prática. O presidente da divisão corporativa Sprint Business, Jan Geldmacher, disse nesta quarta-feira, 23, que a empresa enfrentará ainda judicialização que tenta barrar a operação. No entanto, as empresas já contam com um time de advogados atuando no caso. “Esperamos um processo [iniciado] em 9 de dezembro, mas estamos otimistas”, declarou ele em painel na Mobile World Congress em Los Angeles (MWC-19 LA). 

Ao completar a operação, a empresa será chamada de New T-Mobile e terá um valor de mercado de US$ 43 bilhões. Apesar de críticas à movimentação de concentração, Geldmacher diz que a fusão permitirá levar o 5G de forma mais rápida para uma maior área coberta nos Estados Unidos. A empresa planeja investimentos conjuntos de US$ 40 bilhões e combinações de espectros de bandas baixa e média, além de ondas milimétricas (mmWave) que garantem à nova operadora um total de 400 MHz. 

“Apenas com a fusão vai ser possível uma cobertura totalmente nacional, porque você precisa levar 5G não só para as [grandes] cidades, mas também em cidades pequenas e na América rural”, destaca, citando especificamente a faixa de 600 MHz também pelo alcance nessas aplicações. “Com isso, teremos o preço por megabit mais baixo, e vamos levar isso ao consumidor.”

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Esse avanço na cobertura já está em andamento. A Sprint afirma ter cobertura 5G abrangente, “não só de hotspots” e com a característica de ser “móvel de verdade” (ou seja, não apenas como acesso fixo-móvel – FWA) em nove cidades: Los Angeles, Phoenix, Dallas, Houston, Kansas City, Chicago, Atlanta, Washington e Nova York. Ao todo, a empresa alega isso cobrir 16 milhões de pessoas. Nesses lugares, a tele oferece um portfólio de handsets ainda limitado: os smartphones One Plus 7 Pro 5G, Samsung Galaxy S10 5G e LG V50, além do dispositivo HTC 5G Hub. 

A estratégia da operadora é não apenas chegar com o 5G em si, mas também ir preparando a rede para a tecnologia ao aplicar recursos como MIMO massivo no LTE. Com a quinta geração, contudo, fica possível oferecer novas aplicações que se baseiam no alto throughput e baixa latência. Geldmacher cita um serviço de jogos em nuvem chamado Hatch Gaming. “É uma biblioteca de games que pode jogar em tempo real, com o jogo processado no cloud”, explica. “É uma indústria de US$ 30 bilhões nos Estados Unidos, para um usuário com média de idade de 33 anos”, destaca.

Outras iniciativas

O executivo também destacou o lançamento da rede dedicada de Internet das Coisas, a Curiosity IoT. Ela funciona como uma camada de aplicação separada do tráfego normal da rede móvel e tem aplicações com uso de inteligência artificial (IA) e robótica. “A rede é 100% IoT, distribuída e completamente virtualizada. Fizemos isso para separar o tráfego da rede móvel normal, pois o IoT se comporta diferente”, declara. A ideia é também entregar as aplicações com edge computing, reduzindo a latência para os casos em que isso é necessário. 

A Sprint também anunciou parcerias com a Arizona State University (ASU) para aplicações 5G e de smart City no campus da instituição na cidade de Phoenix e em mais 22 unidades em diferentes cidades no estado norte-americano. Já com o City of Peachtree Corners, a empresa promove aplicações de transporte público autônomo. 

*O jornalista viajou a Los Angeles a convite da GSMA.

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