Huawei, sobre ataques dos EUA: 'sobreviver é a meta'

Guo Ping, chairman em rodízio da Huawei

O chairman em rodízio da Huawei, Guo Ping, voltou a defender a empresa dos ataques do governo dos Estados Unidos nesta quarta-feira, 23, durante abertura do evento Huawei Connect 2020, promovido tanto presencialmente quanto online. O executivo afirmou que a companhia consegue ser sustentável mesmo com as sanções levantadas pelos norte-americanos e países aliados, mas também ressaltou que se trata de questão de sobrevivência. 

O tom usado foi o de encarar a realidade: a fornecedora deve começar a procurar estratégias para contornar esses desafios impostos pela guerra comercial. "Como se sabe, a Huawei está em uma situação muito difícil hoje, a agressão incessante tem colocado pressão e ainda estamos avaliando o impacto", declarou Ping. "No momento, sobreviver é a meta."

Neste contexto, o chairman da Huawei citou uma frase do escritor Alexandre Dumas, de que toda a sabedoria humana pode se resumir a duas coisas: "esperar e ter esperança". 

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Hardware

Durante a apresentação, o chairman falou sobre parceria com a empresa Cooler Master para resfriamento de estações radiobase 5G. Segundo a Huawei, o acordo permitiu a otimização de procedimentos e logística, resultando em economia de 30% nos custos. "Acreditamos em crescer juntos com o fornecedor", declarou. "A maior dificuldade que enfrentamos, nossos adversários iniciaram ataques, mas a Huawei vai envidar todo o esforço para fortalecer a carreira."

Guo Ping no Huawei Connect 2020

Segundo o site Mobile World Live, em sessão com a imprensa após a apresentação, Guo Ping também citou um impacto de US$ 9,5 bilhões no mercado japonês caso o governo promova o bloqueio à Huawei no Japão. Argumento semelhante já foi utilizado para a situação do 5G no Brasil. Apesar de estar lidando com os ataques dos EUA e a campanha internacional para desencorajar contratos com a empresa, o executivo da Huawei disse estar estável e não contempla ainda demissões globais.

Uma das barreiras é a imposição de restrições para fornecimento de chipsets e semicondutores que utilizam tecnologia dos EUA para a Huawei. Segundo Ping, a produção de chipsets foi recebida no meio deste mês, e por isso a companhia ainda estão avaliando o impacto, bem como alternativas para endereçar o problema em futuras remessas.

Economia digital

Guo Ping também mencionou o potencial das TICs para o momento, e citou "novos parceiros". "A economia digital em 2019 foi um terço do PIB na China, e dois terços de todo o crescimento", afirmou. "Para a Huawei, a conectividade e computação são a base da economia digital, e o 5G é o futuro da conectividade, assim como o cloud é o da computação."

Entre as iniciativas apresentadas, estavam a de transformação de carvão, que permitiu economias para à indústria parceira de 27 milhões de iuans (US$ 3,96 bilhões) por ano. Além disso, o projeto de smart city em Shenzhen, onde fica localizada a sede da Huawei, continua a aplicar as tecnologias da companhia com aplicações em AI, cloud, computação e conectividade. 

Na divisão Huawei Cloud, a companhia está presente em 23 regiões, e o volume de implantações da plataforma de educação digital cresceu 80%. A solução é adotada por 13 mil parceiros. 

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