Granadeiro acredita que Oi encontrará uma solução "antes do que se espera"

O presidente do grupo Portugal Telecom (PT), Henrique Granadeiro, diz que uma solução para a situação financeira da Oi já está sendo tratada pelos executivos da companhia e discutida pelos acionistas da companhia, e que uma solução deve ser encontrada "antes do que se espera". Granadeiro falou a este noticiário durante a cerimônia de inauguração do data center da Portugal Telecom em Covilhã nesta segunda, 23.

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Para Granadeiro, a Oi já está passando por um processo de turn-around liderado por Zeinal Bava, que também preside a operação portuguesa da PT. Granadeiro não dá detalhes sobre a forma como os acionistas poderão atuar na questão da reestruturação financeira da Oi, nem diz se a Portugal Telecom estaria disposta a aumentar a sua participação.

Ele compara o processo de virada que a Oi enfrenta hoje com a mudança estratégica enfrentada pela Vivo em 2003, quando a Portugal Telecom ainda era acionista da companhia e onde Granadeiro se envolveu pessoalmente. "Eram situações diferentes e que exigem soluções diferentes", disse o presidente da Portugal Telecom.

Ao ser questionado se a recente movimentação da Vodafone, que foi fortemente capitalizada com a venda da Verizon, pode ter impacto no cenário competitivo de Portugal, onde a companhia inglesa é a principal competidora da Portugal Telecom, ele diz acreditar que o país não deve ser o foco da Vodafone. "Vejo a África como uma oportunidade e onde eles já estão presentes", diz Granadeiro. Ele não descartou também um eventual interesse da Vodafone sobre o Brasil. "É um mercado importante e que deve estar sendo considerado", diz.

Ambiente

Granadeiro adota tom crítico ao ambiente regulatório europeu e aos impactos negativos que possa estar gerando sobre os investimentos das empresas. Segundo ele, um dos aspectos que incomodam as empresas é a impossibilidade de que alguns grupos operadores controlem as novas redes de nova geração, assimetria que beneficia operadores entrantes. Ele também criticou a falta de regulamentação sobre novos grupos, principalmente os players de Internet, mas chamou a atenção para o fato de que esse é um problema em todos os países.

Questionado sobre qual seria o ambiente menos propício a investimentos, se o Brasil ou Portugal, Granadeiro disse apenas que o Brasil tanto é atrativo que a Portugal Telecom tem uma forte presença e interesse no País, mas não quis tecer comentários sobre aspectos que, do seu ponto de vista, não seriam tão interessantes à realização de investimentos.

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