Depois de amargar uma longa fase de estagnação na área de televisão por assinatura, a Net parece ter entrado na fase das vacas gordas. Seu foco, antes em monoproduto, diversificou para acesso à internet em banda larga e telefonia, e abriu a carteira também para a classe C, o que reaqueceu os negócios. A empresa começou a perceber os resultados de sua nova estratégia em 2007: de julho a outubro adicionou 37 mil clientes por mês; de novembro de 2007 a janeiro de 2008, houve um pequeno crescimento para 38 mil/mês; a partir de março deste ano, 80 mil/mês; e em julho o número de novos clientes saltou para 100 mil no mês, conta Eduardo Aspesi, diretor executivo de marketing da Net. O churn tem despencado. Desde fevereiro último caiu 34%.
Com a entrada em vigor da portabilidade numérica, a empresa tem conquistado dez clientes para cada um que perde, diz o executivo. O fluxo em direção à empresa só não está maior porque a Net tem agido com discrição em relação à portabilidade. Aspesi disse que os sistemas ainda não estão totalmente estáveis e por isto a empresa prefere não fazer ações promocionais, com receio de que haja falhas e prejudique os clientes. Mas destacou que na Embratel, a empresa de telefonia do grupo, o funcionamento está sem problemas. Quando tudo estiver normalizado a adição líquida de clientes deverá crescer mais ainda.
Da base de clientes da Net, entre 60% e 70% têm banda larga. O Net Fone foi lançado há um ano e meio e entre aqueles que têm banda larga, 60% usam o serviço de voz, que não é cobrado intra-rede. A empresa está presente em 79 cidades. Pela projeção de crescimento, pode-se calcular que a empresa conta com mais de 1 milhão de clientes de telefonia fixa; aproximadamente 2 milhões de banda larga e 3 milhões de TV por assinatura.
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