Android lidera lista de novos malwares elaborada pela McAfee

O Android foi o sistema operacional (OS) móvel preferido dos cibercriminosos durante o segundo trimestre deste ano. Segundo o relatório trimestral publicado pela empresa de antivírus McAfee, mais de 60% das novas amostras de códigos maliciosos (malwares) para dispositivos móveis identificadas entre março e junho foram desenvolvidos para atacar aparelhos com a plataforma do Google. A quantidade de ameaças para Android ultrapassou em mais de três vezes o segundo colocado, o JavaME. Symbian e BlackBerry OS ocupam a terceira e a quarta posições, respectivamente. Nenhum malware foi identificado para iOS, sistema usado por iPhones e iPads. Ao fim de junho, o laboratório da McAfee tinha em seu banco de dados 1,2 mil variantes de vírus móveis identificadas. Um ano atrás, eram cerca de 900.
SMS premium
A maioria dos códigos maliciosos criados para Android tentam se passar por aplicativos legítimos. E o que eles fazem é enviar mensagens de texto para serviços de SMS premium em países como a China. O cliente só descobre que há algo de errado quando recebe sua conta telefônica. A McAfee destacou alguns dos novos malwares descobertos no segundo trimestre para Android. Um deles, nomeado como Android/Jmsonex.A, se faz passar por um aplicativo de calendário legítimo, mas que não opera corretamente (a tela inicial é sempre janeiro de 2011). Quando o usuário tenta trocar de mês, o aplicativo começa a disparar mensagens para um serviço de tarifa especial. Para evitar a detecção, o Jmsonez.A apaga mensagens de confirmação desses serviços que apareçam na caixa de entrada.

Notícias relacionadas
Análise
O número de ameaças virtuais para um determinado sistema operacional costuma ser proporcional ao tamanho da sua base. É assim no mundo dos PCs, onde o Windows XP segue como campeão em quantidade de vírus criados. Portanto, era esperado que, no mundo móvel, em razão de seu sucesso de vendas, o Android tomasse a dianteira.
Há, porém, algumas peculiaridades da indústria móvel que precisam ser levadas em conta. Os usuários de Symbian, embora ainda sejam maioria, baixam poucos aplicativos, o que diminui o risco de contaminação. No iOS, ao contrário, os usuários têm uma alta média de apps instalados por mês, mas quase não há riscos porque a Apple faz um controle rigoroso do que que é disponibilizado em sua App Store. Além disso, quem tem iPhone só consegue instalar apps através da loja oficial da Apple. As únicas ameaças descobertas para os terminais da Apple até agora foram feitas para rodar nos aparelhos com "jailbreak", isto é, que foram desbloqueados pelos próprios usuários. O Android, por sua vez, é uma plataforma extremamente aberta. Além do controle do Google não ser tão restritivo (já houve casos de malwares oferecidos dentro do Android Market), a distribuição dos apps não é centralizada em uma única loja de aplicativos.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!