Telecom Italia perplexa com informação sobre acordo na BrT

A diretoria da Telecom Italia no Brasil manifestou perplexidade com as notícias veiculadas na imprensa, nesta sexta-feira, 23, sobre a iminência de um acordo com o Opportunity para que o grupo italiano saia do bloco do controle da Brasil Telecom (BrT). De acordo com a informação, publicada em mais de um veículo e sem procedência definida, a Telecom Italia teria concordado em diminuir sua participação societária para 19,9% na operadora, a fim de obter a autorização para operar sua licença de SMP. Segundo executivo ligado à cúpula da empresa italiana, não há qualquer indício por enquanto de um consenso entre os sócios da BrT em relação tanto a esta quanto a outras hipóteses para solucionar o impasse. Qualquer acordo deste tipo deveria ser comunicada por meio de fato relevante, dizem as fontes da Telecom Italia, já que a BrT é uma empresa aberta em bolsa no Brasil e também tem ADRs na Bolsa de Nova York. Ninguém anuncia um acordo iminente ?vazando? uma notícia para diferentes órgãos de imprensa na forma de off, comenta um diretor da tele italiana.
A diretoria da Telecom Italia também deixou claro que só autoriza as negociações para a compra de participações na Intelig, Globenet e MetroRED se a Anatel fornecer uma autorização formal antecipada para o negócio. A idéia da BrT é adquirir 19,9% destas empresas, sem teoricamente ferir as regras da agência, que permite participações em outras empresas de telecomunicações até este limite a concessionarárias que não cumpriram por completo suas metas de universalização, como é o caso da operadora. Ocorre que mesmo tendo oficialmente adquirido 19,9% da Vant, a BrT está sendo investigada pela agência por supostamente ter participação ainda maior (ferindo a legislação). A investigação partiu de uma denúncia da GVT e que foi endossada pela Embratel.
Desta forma, a Telecom Italia não quer correr o risco de que as aquisições em pauta tenham destino semelhante. E quer também evitar novos imbróglios no País, como a briga pelo controle da BrT e o impedimento de colocar em operação a rede da TIM, depois de já ter investido US$ 1,5 bilhão neste negócio.

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