5G trará oportunidade para provedores regionais com cloud, redes privadas e IaaS

O 5G vai trazer oportunidades para pequenos provedores além da conectividade, mas também com a chance de poder atender outras verticais. No centro de tudo estará as novas tecnologias, que trarão maior flexibilidade para que os ISPs consigam se adequar a novos modelos de negócio, conforme debatido durante evento digital "Oportunidades para ISPs com fibra, 5G e cloud", realizado pela Huawei e com organização da TELETIME Eventos nesta quinta-feira, 23. 

Segundo explica a head de TMT na Delloite, Márcia Ogawa, a transformação do 5G se dará junto com elementos de virtualização na camada de rede, como SDN (redes definidas por software) e NFV (virtualização de funções de rede). Por conta dessa prometida revolução, haverá mais espaço para players atuarem na complexidade da cadeia. "O investimento de 2020 em redes privada será de centenas de milhões [de dólares], e em 2024 será de dezenas de bilhões. É um mercado enorme", aponta. "As operadoras não terão condições de abraçar o movimento, então surge a oportunidade para os ISPs atuarem nessas redes privadas."

Segundo a diretora da Delloite, há muito interesse da parte de investidores internacionais no que está acontecendo no Brasil em relação ao mercado de telecomunicações. "Já temos várias demandas para explicar o mercado de ISPs para vários investidores internacionais. Todo mundo consegue enxergar que as operadoras, sozinhas, não vão conseguir cobrir todo o mercado", declara. O CEO do provedor Wirelink, Adriano Marques, concorda. "É impossível fazer [tudo isso] sozinho. Não sabemos se serão três ou quatro grandes operadoras, mas elas não vão conseguir fazer o Brasil todo", diz. Ele sugere que os pequenos provedores formem um grupo só para participar do leilão de 5G.

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O CEO da Brisanet, José Roberto Nogueira, entende que haverá na quinta geração uma demanda maior pela simples conectividade inicialmente, mas depois avançando para outras aplicações na nuvem. Em todo caso, haverá uma mudança de paradigma com a presença de maior conectividade. "Daqui a três ou quatro anos, 90% do dinheiro em espécie vai parar de circular, e aí a informalidade vai acabar. O Estado vai gastar muito menos para arrecadar tudo", prevê. 

Modelos

Márcia Ogawa enxerga que haverá mudanças na estratégia das empresas de telecomunicações com a virtualização da infraestrutura. Para ela, no futuro haverá a opção de a companhia atuar somente na camada de serviços, ou somente no atendimento, ou mesmo apenas na infraestrutura. O VP de Cloud da Huawei, José Nilo Cruz, diz que empresas como provedores regionais, com maior familiaridade com a tecnologia, deverão adotar o modelo de infraestrutura como serviço (IaaS). "Porque assim permite customização para ter exatamente o que deseja. É como mexer no motor do carro nos mínimos detalhes."

Oportunidades

Durante o painel, a Huawei destacou que as oportunidades vão além do acesso, embora isso também seja ainda um grande mercado em um país com 38 milhões de residências ainda offline. O diretor global da fornecedora, Marcelo Motta, destaca que o Brasil poderá endereçar esse gap mais rapidamente com soluções do tipo fixo-móvel (FWA) no 5G, ou mesmo com fibra a partir de uma estação radiobase (tecnologia chamada pela empresa de AirPON).

O CEO da Huawei no Brasil, Sun Baocheng, destacou que a fornecedora atua no País como uma empresa local, e não apenas com negócio, mas com pesquisas de alto nível tecnológico. No entendimento dele, isso será amplificado com o 5G, a fibra e as soluções de cloud. "A Huawei é a única empresa que pode prover essa solução, e nossa missão é contribuir para estabelecer o ecossistema nessas áreas".

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