O presidente da Claro, Carlos Zenteno, se reuniu novamente com o superintendente de Serviços Privados da Anatel, Bruno Ramos, para tratar do plano de investimento que, quando aprovado, permitirá que a empresa volte a comercializar linhas móveis em São Paulo, Santa Catarina e Sergipe.
Essa é a segunda vez que a Claro leva seu planejamento à Anatel e não será a última. A primeira vez foi na quinta-feira passada, 19, ocasião em que o plano foi classificado como "preliminar" pela agência. Desta vez, a Anatel ainda não ficou satisfeita com o detalhamento trazido pela operadora, que buscou separar o investimento que será feito por estado e por mês. "Ainda precisamos de alguns ajustes em relação ao projeto de demanda que, por sua vez, tem impacto no desenho dos planos e na estratégia de marketing", afirmou o superintendente.
A companhia, entretanto ,trata o plano entregue à Anatel como a versão final e definitiva, que poderá liberar a empresa a comercializar novas linhas no "curto prazo". "Eles pediram alguns dados. Acredito que hoje mesmo nós vamos entregar esses dados", afirmou Zenteno. O superintendente Bruno Ramos, contudo, é taxativo: "Durante essa semana vamos trabalhar com a empresa. Essa não é a versão final. Dificilmente essa semana teremos uma decisão", disse ele se referindo também à TIM e à Oi.
O presidente da operadora voltou a afirmar que a empresa teve um problema relacionado à entrega de posições de atendimento no call center. Segundo ele, a companhia tem mais três novos fornecedores espalhados pelo País e, além disso, contratou junto à Huawei uma nova plataforma de PABX que será implementada no final de setembro.
Cabo submarino
Zenteno aproveitou a reunião para comunicar que as subsidiárias do grupo mexicano América Móvil (Embratel, Claro e Net) construirão um cabo submarino que partirá do Rio de Janeiro até Miami, passando por Fortaleza. O investimento será de US$ 500 milhões e a expectativa é que o cabo, que terá capacidade de 500 Gbps, esteja funcionando a partir de setembro. Segundo o executivo, o investimento do projeto não está dentro dos R$ 3,5 bilhões que a Claro investirá no ano. O grupo América Móvil integra um consórcio com operadores internacionais que controla dois cabos submarinos (o Atlantis 2 e o Americas 2) que partem do Brasil em direção aos EUA. Esse projeto, entretanto, não conta com parceiros internacionais.