Telebras e FAB inauguram Centro de Operações do SGDC em Brasília

Aconteceu na tarde desta terça-feira, 23, a inauguração do Centro de Operações Espaciais (COPE), construído para ser a sede principal do centro de controle do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) e atender a diversos satélites geoestacionários e satélites de baixa órbita.

O prédio do COPE foi projetado para abrigar recursos que garantem a operação de equipamentos de rede, servidores e sistemas de telecomunicação, com tratamento de informações baseadas na confidencialidade, disponibilidade, integridade e autenticidade. Trata-se de uma instalação militar classificada como Missão Crítica, ou seja, um ambiente construído para evitar a paralisação dos serviços ou o comprometimento de dados. A estrutura é fruto de uma ação conjunta da Telebras e da Força Aérea Brasileira (FAB).

Com a inauguração do prédio nesta terça-feira, todas as estações terrestres do projeto SGDC estão concluídas. "Este projeto é constituído por 13 estações terrestres, sendo oito estações CMS (monitoramento de portadora), que monitoram as condições de operação das faixas de frequência que levam informação para os usuários, três estações de acesso Gateway, sendo uma em Florianópolis, outra em Campo Grande e a terceira em Salvador, o COPE-S – Centro de Operações Espaciais Secundário, localizado no Rio de Janeiro e, por fim, o COPE, localizado em Brasília", diz o ministério das Comunicações, Fabio Faria.

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Equipe

Na cerimônia o ministro das Comunicações, Fábio Faria, ao saudar as autoridades presentes, saudou Vitor Menezes e Wilson Wellisch respectivamente como secretário de telecomunicações e secretario de radiodifusão. Havia uma dúvida se os dois servidores da Anatel continuariam nos cargos que ocupavam no extinto MCTIC. Até o momento, no Diário Oficial da União (DOU) ainda não consta a seção para divulgação dos atos e nomeações do novo Ministério das Comunicações.

A Telebras e o SGDC

A estatal é a responsável pela execução do projeto do SGDC. O projeto conta com um backbone de fibra com aproximadamente 32 mil km da Telebras e oferece cobertura em todo o território nacional. O satélite foi lançado em 4 de maio de 2017, no Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa (mas só pode pode iniciar programas após liberação do Tribunal de Contas da União, em novembro de 2018), e o comando e controle do satélite é todo feito por uma equipe brasileira, como um requisito de segurança nacional.

O sistema SGDC é composto de um satélite, que atende ao uso dual (militar e civil), operado por duas estações de solo para controle, gerenciamento e monitoramento da operação do satélite e dos serviços embarcados, sendo o Centro de Controle Principal, em Brasília, e o Centro de Controle Secundário, no Rio de Janeiro. A capacidade comercial é usada em contrato com a operadora satelital Viasat.

Segundo o ministro das comunicações, Fabio Faria, "o SGDC leva informação, conhecimento e segurança a todos os brasileiros. Ele permite ao governo ampliar a capacidade de conexão de internet em banda larga para universidades, escolas, hospitais, centros de pesquisa e outros pontos de interesse público".

Há, porém, questionamentos em relação à demora na utilização plena do artefato, além do atendimento com cobertura concentrada em regiões onde supostamente seria menos necessária. A Viasat, que já manifestava interesse no lançamento comercial da banda larga por meio da capacidade de banda Ka do SGDC em 2019, chegou a anunciar no final de março passado que estava próxima de oferecer o serviço, mas nada ainda foi formalizado. (Colaborou Bruno do Amaral)

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