Segundo o vice-presidente da Telefônica, Eduardo Navarro, a empresa apresentou para a Anatel uma proposta de reajuste das tarifas sem aplicar os 9% em nenhum item, com um reajuste de 28,75% no valor da assinatura residencial. Segundo cálculos da empresa, isto daria um desconto de 1,3 ponto percentual em relação ao valor integral do IGP-DI no período contabilizado para o próximo reajuste das tarifas. Navarro e representantes da Telemar, BrT, CTBC Telecom e Sercomtel participaram de reuniões individuais nesta segunda, 23, com o superintendente de serviços públicos da Anatel, Marcos Bafutto, para negociar o reajuste de 2003 das tarifas de telefonia fixa. Ficou marcada para esta terça, dia 24, uma nova reunião com todas as concessionárias locais.
Ainda de acordo com Eduardo Navarro, a Telefônica não pediu para nenhum item da cesta de referência um aumento maior que o índice acumulado no período. A Telefônica considera esta uma grande concessão e como contrapartida a operadora gostaria de ver cumpridos os prazos de reajuste. Pelo contrato, o aumento deveria ser homologado no dia 26 de junho para entrar em vigor a partir do dia 28. Sobre a proposta de um reajuste parcelado, Navarro disse que o governo propôs a divisão apenas nos aumentos da assinatura e pulso residenciais.
Francisco Roberto Pereira, presidente da Sercomtel, afirmou que a proposta do governo era de que a primeira parcela do reajuste coincidisse com o IPCA acumulado no período, que é de 17,24%. Depois, em dezembro ou janeiro próximo, o governo daria um aumento de 11%. Segundo ele, para a Sercomtel a contrapartida mais importante seria o governo resolver o problema do sumidouro de tráfego que vem absorvendo cerca de 6% da rentabilidade da empresa. Já a Brasil Telecom pediu um reajuste de 28,75% para a cesta de referência e abriu mão do fator de excursão.
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