A PlayHub, integradora e distribuidora de serviços de valor adicionado (SVAs) para provedores de banda larga, mira atingir metas ambiciosas ainda em 2025. Os objetivos são dobrar a carteira de prestadores de serviços de Internet (ISPs) parceiros, ampliar o portfólio de plataformas de conteúdo e expandir as operações iniciais na América Latina.
"Estamos hoje com mais de 2 mil ISPs. Queremos chegar ao final do ano com 4 mil", afirmou Rômulo Carvalho, co-CEO da PlayHub, em entrevista ao TELETIME, nesta semana.
O executivo destacou que a empresa deu passos importantes nesta estratégia durante o Abrint Global Congress (AGC) 2025, evento dedicado ao mercado de provedores de Internet realizado no início deste mês, em São Paulo. "Tivemos a melhor Abrint da nossa história", frisou, em termos de prospecção e fechamento de negócios.
Atualmente, a PlayHub oferta mais de 20 serviços digitais para provedores, como plataformas de streaming de vídeo (Max, Disney+, Looke, entre outros), música (Deezer) e canais lineares (Sky+), além de conteúdos de leitura, saúde e bem-estar.
A empresa também oferta pacotes para negócios de outros setores – como bancos, seguradoras e delivery (iFood, Rappi) –, mas os ISPs continuam sendo o carro-chefe, representando cerca de 90% das receitas.
Inclusive, a base de provedores é bastante diversificada, contemplando desde prestadores pequenos (com cerca de 2 mil acessos) até alguns dos maiores players do mercado de banda larga, como Vero, Desktop, Brasil TecPar, Alares e Algar.
"Customizamos a nossa oferta de acordo com a estratégia de cada ISP. Conseguimos adaptar o nosso portfólio ao interesse de cada um, com o objetivo de fazê-lo crescer", ressaltou Carvalho.
Segundo o executivo, a integradora se coloca no mercado de provedores visando contribuir para redução de churn (taxa de evasão de clientes), elevação do tíquete médio (com a migração de assinantes para planos de banda larga mais robustos) e criação de diferencial competitivo, atrelando grandes marcas ao marketing do parceiro.
Nesse contexto, vale destacar que a empresa não aparece para o cliente final, adotando uma estratégia diferente de outros hubs de conteúdo que disponibilizam suas próprias plataformas para que os assinantes de banda larga acessem os serviços contratados. Sendo assim, o serviço é totalmente B2B.
"Não queremos gerar mais um ponto de fricção para o assinante", explicou Carvalho. "Entendemos que, se o ISP usar os aplicativos, ele vai crescer. Se ele crescer, vamos crescer juntos", acrescentou.
Novos projetos
A ampliação do portfólio de SVAs também está nos planos da PlayHub para 2025. De acordo com o executivo, já há conversas avançadas "com grandes streamings e programadores". "Provavelmente, conseguiremos encaixá-los ao nosso portfólio neste ano", sinalizou.
Do ponto de vista do crescimento das operações, a empresa mira avançar não só no Brasil, mas também na América Latina. Atualmente, conta com cerca de 20 provedores parceiros na Colômbia e no Peru. A intenção é que a atuação também se expanda para outros países da região, com o atendimento sendo realizado diretamente do escritório em São Paulo, que está passando por ampliação.
"Estamos olhando outros países e investindo em infraestrutura e conteúdo para oferecer o melhor do nosso portfólio para a América Latina com um todo", destacou Carvalho.