A Vivo anunciou parceria com a Ericsson para utilizar a faixa de 450 MHz para Internet das Coisas com foco em agronegócio. As empresas, junto com a empresa de infraestrutura agrícola Raízen e da incubadora EsalqTec, estão com projeto piloto em Piracicaba (SP), onde aproveitam o alcance de até 60 km de raio da faixa com duas antenas na região para conectar colheitadeiras.
De acordo com o presidente da Vivo, Eduardo Navarro, a utilização da faixa acontece porque não era possível a destinação com SMP com a falta de ecossistema e escala. Ele justifica também que as recentes indicações da Anatel de possibilidade de retorno do espectro (por inutilização) não foram a motivação principal. "Não é por isso, mas (o projeto) também serve para isso. A frequência tem muito potencial de propagação, e buscamos várias formas de uso. Essa foi a que se mostrou viável", afirmou ele nesta quarta, 22, em coletiva de imprensa no Painel Telebrasil 2018.
Conforme explica o vie-presidente de estratégia da Ericsson, Vinícius Delban, a tecnologia a ser utilizada é a de NB-IoT e LTE CatM1. Ele justifica que o uso de frequência licenciada é vantajoso em relação a tecnologias como Sigfox. "Tem vantagem de suo de baterias, carga de software, e a própria demanda do pessoal de TI da Raízen, que entenderam que não poderia fazer isso com faixa não licenciada", declara.
A fornecedora não revelou de quais empresas são os chipsets utilizados nos sensores de IoT, mas justifica que são sete modelos de fabricantes diferentes. "Nos dá confiança para que dê leque grande de opções", afirma Delban.