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AT&T: do jeito que está a regulação, não consegue trazer IoT para o Brasil

A AT&T quer atuar no mercado brasileiro de Internet das Coisas, ainda que precise pagar Fistel. Mas afirma: “do jeito que está, não conseguimos trazer nenhuma solução para o País”, segundo declarou o VP de vendas da AT&T GBS, Fabiano del Soldato. Ele garante que a operadora norte-americana está disposta a sentar na mesa e discutir assimetria regulatória, mas bate na questão do roaming permanente como uma das causas que impedem a entrada no País. “É [uma determinação] cada vez mais exclusiva do Brasil, e não era. Países mudaram, como Itália, Espanha e Alemanha”, compara.

Soldato cita que a empresa já atua em diversos países com uma base de 41 milhões de dispositivos, além de 19,5 milhões de veículos conectados e mais de 2 milhões de dispositivos de gestão de ativos. “Temos IoT pelo mundo, gostaríamos de fazer no Brasil também”, declarou, durante discussão no Painel Telebrasil 2018 nesta terça-feira, 22.

O executivo afirma que levou a questão do roaming permanente em pauta para o MCTIC e para a Anatel, e a “última informação” que recebeu falava que no segundo semestre haverá alguma atualização a respeito. De fato, o assunto está na agenda regulatória da agência para o biênio 2017-2018, com uma análise de impacto regulatório prevista até o final do ano. O superintendente de planejamento e regulação da Anatel, Nilo Pasquali, explica que haverá tomada de subsídios no segundo semestre, quando deverá haver “mais interação” com o setor. Vale lembrar que o tema já esteve presente também nas consultas públicas prévias ao estudo do Plano Nacional de IoT do governo, quando a própria AT&T já havia se manifestado.

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Na opinião de Pasquali, entretanto, liberar o roaming permanente no Brasil traz problemas por conta do vínculo do pagamento do Fistel à numeração necessariamente brasileira. Por isso, sugere como alternativas a utilização de eSIM, que pode ser atualizado over-the-air (OTA) para receber configuração local. Ou então adotar a solução de operadoras móveis virtuais. “Para ela pagar Fistel, a empresa teria que abrir filial aqui. Se já faz, por que não abre logo uma MVNO?”, indaga. “Várias empresas já entraram aqui no Brasil e escolheram fazer desse jeito.”

O superintendente da Anatel reconhece que haveria necessidade de se adequar a regulação das operadoras virtuais para um modelo mais simples. Porém, entende que essa poderia ser uma solução para a questão do roaming permamente na qual os staekholders poderiam entrar em consenso.

Não é o único problema da questão da IoT. Entre os principais desafios encontrados pela Anatel, cita a necessidade de outorga para a prestação de serviço, uma vez que a característica muda de acordo com aplicação. “A gente ainda não achou solução clara de como tratar tudo, provavelmente será uma solução híbrida”, avalia. Já na questão de frequências dedicadas, acredita que há uma indicação de postura por parte da agência. “A Anatel acompanha isso permanentemente, e por enquanto a ideia não é ter espectro alocado especificamente para IoT”, afirma.

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