Mais de 17% do tráfego brasileiro já está em IPv6

Com o esgotamento do IPv4, a versão mais recente do protocolo de Internet, o IPv6, aos poucos ganha tração no Brasil, sendo responsável por mais de 17% do tráfego. De acordo com o diretor do Registro de Endereçamento da Internet da América Latina e o Caribe (LACNIC), Wardner Maia, esse índice de penetração está acima da média mundial, que em 2016 era de 10%. "Felizmente o Brasil, em termos de IPv6, não está dormindo em berço esplêndido", declarou ele nesta terça-feira, 23, durante cerimônia de abertura do LACNIC 27, evento que acontece durante a semana em Foz do Iguaçu (PR). "Enquanto alguns operadores preferem lamentar o esgotamento do IPv4, estamos observando aumento significativo de tráfego (na América Latina), como no Peru, Bolívia, Trindade e Tobago e Brasil", diz.

Maia afirma que o LACNIC tem alocado 89% dos 6.300 sistemas autônomos (AS) da região para o novo protocolo, sendo que 37% já estão anunciados com a mudança. A diretoria da entidade trabalhou durante um ano para mostrar uma nova proposta para os AS, segundo ele, e o objetivo é tentar evoluir na migração para preparar as redes para novas tendências, como a Internet das Coisas e a entrada dos desconectados. "A gente precisa lembrar também que a missão não está completa: mais de 40% dos cidadãos da América Latina ainda não têm acesso, são 255 milhões. E para atender isso, só temos 4 milhões de (endereços) IPv4", afirma. "Por isso precisamos implementar o IPv6", justifica.

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