Redes 3G aumentam a demanda por "antenas inteligentes"

A implantação das redes de terceira geração no Brasil tem ampliado a demanda por "antenas inteligentes", ou seja, aquelas antenas que podem ter o feixe de sinal ajustado remotamente. As antenas com o recurso possuem o chamado RET – Remote Eletrical Tilt. Ou seja, controle remoto do Tilt, que vem a ser o equipamento que emite o sinal em si.
Como o grande atrativo da terceira geração é a transmissão de dados móvel, esse tipo de função acaba sendo indispensável. A operadora consegue direcionar o feixe do sinal para cobrir áreas específicas em determinados períodos do dia, o que pode ser muito útil em jogos de futebol, engarrafamentos etc. A principal vantagem do sistema é que esse ajuste pode ser feito de forma remota, sem a necessidade de mandar um técnico até a torre. "Toda rede 3G é instalada com esse recurso, porque a todo momento a operadora tem que ajustar a inclinação do sinal", afirma Roberto Mangullo, diretor de vendas da Andrew.
O executivo explica que a operadora pode alterar em cerca de 10 graus a inclinação vertical da antena, o que pode jogar o sinal para mais longe ou trazê-lo para mais perto da base. A Andrew, entretanto, acaba de homologar um outro produto, a SmartBeam antena, que permite a alteração vertical e horizontal remota do feixe de sinal. Mangullo afirma que quatro grandes operadoras já sinalizaram a intenção de testar o produto. "No Brasil ninguém acredita em catálogo. O pessoal quer ver funcionando, em campo", diz.

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Outro grande fabricante de antenas, a RFS, diz estar trabalhando em antenas que cujo foco do sinal será ajustado automaticamente de acordo com a demanda de tráfego. Luiz Tonisi, vice-presidente de vendas para a América Latina explica que com a chegada da tecnologia MiMo (Multiple input – Multiple output) e da LTE a capacidade de otimização do sinal será ainda maior. "Você não vai precisar dar o Tilt na antena (ajustar a inclinação); ela vai fazer isso sozinha", diz ele. Hoje as antenas com monitoramente remoto do Tilt respondem por 30% da receita com antenas da RFS na América Latina, o que na opinião de Tonisi deverá crescer na medida em que crescem as redes 3G.

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