Produção em telecom somou R$ 252 bi em 2021, afirma Brasscom

Relatório divulgado nesta quarta-feira, 23, pela Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais), mostra que a produção no setor de telecomunicações em 2021 foi menor do que a de TI. Ainda assim, o estudo (clique aqui para acessar a íntegra) mostra que a tendência é de que o investimento feito para telecom seja significativamente maior, especialmente com a perspectiva da chegada do 5G.

De acordo com a entidade, a produção setorial de telecomunicações somou R$ 251,7 bilhões em 2021, um crescimento nominal de 4,7% comparado ao apurado em 2020. Com isso, o setor representa 2,9% do PIB brasileiro. A entidade também aponta que foram 330 mil empregos gerados no ano passado, quantia que totaliza 21 mil vagas preenchidas a mais do que no ano anterior, ou um avanço de 6,9%. 

A produção do macrossetor de TIC, que inclui, além de telecom, tecnologias digitais nas empresas ("TI In House"); e software, serviços, nuvem, BPO, estatais, hardware e exportações (TIC); somou R$ 597,8 bilhões em 2021. Foi um aumento de 18,3% no comparativo anual,  graças, em maior parte, ao avanço das TICs, de 36,4%, totalizando R$ 293 bilhões no período. 

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Somente nessa última categoria, foram gerados 1,09 milhão de empregos, 129 mil a mais do que no ano anterior. TI In House também gerou mais empregos do que o setor de telecom: 473 mil, com crescimento igual (21 mil) ao das operadoras. No total, o macrossetor ficou com um saldo de 1,90 milhão de empregos novos (198 mil a mais). 

O subsetor que mostrou maior crescimento nas TICs foi o de hardware (dispositivos e infraestrutura): no mercado interno teve aumento de 48,6% e total de R$ 125,5 bilhões; e no externo, avanço de 36,9% e total de R$ 17 bilhões. Ainda nesse mesmo setor, no total, o mercado interno somou R$ 258,4 bilhões, aumento de 49,5%, e o mercado externo totalizou R$ 34,6% bilhões, acréscimo de 36%.

Diversidade

O relatório também mostra que há uma discrepância na proporção de profissionais no setor de TIC. Embora a maior parte (51%) da população brasileira seja feminina, a proporção no setor é de apenas 39%, ou 424 mil profissionais. Nota-se que as mulheres têm presença muito maior nos setores administrativos, call center e RH (65,4% do total); finanças (55,2%); e vendas, marketing e advogados (52,5%). Porém, nas funções de diretoria e gerência, as mulheres representam apenas 28% do total. Em funções técnicas, a proporção é ainda pior: 24,2%. 

Os dados do relatório são da própria Brasscom, além da Abinee, Bacen, IDC, Conexis Brasil Digital, relatórios financeiros das estatais, RAIS e Caged. 

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