A falta de continuidade em projetos de cidades inteligentes após a troca na gestão da municípios tem preocupado a Associação Brasileira de Internet das Coisas (Abinc), que pede um "olhar de governo" para iniciativas do gênero.
Segundo o presidente do comitê de cidades inteligentes da entidade, Aleksandro Montanha, a questão traz um desafio de maturidade às iniciativas. "Muitos projetos de cidades inteligentes foram abandonados por diferença de olhar político", afirmou. Vale notar que, em 2021, os vencedores das eleições municipais de 2020 assumiram seus cargos.
"É preciso um plano que dê uma vida útil mais longa, com novo governo agregando recursos e dando continuidade", completou Montanha, durante o último dia do Fórum de Operadoras Inovadoras organizado por TELETIME e Mobile Time. Segundo ele, as experiências mais sofisticadas do mundo em cidades inteligentes já integram o tema às discussões centrais do debate urbano, como plano diretor, climático ou de mobilidade.
Cidades pequenas
A Abinc também destacou o potencial de iniciativas do gênero em cidades de menor porte. "Há percepção que cidades inteligentes devem ser empregadas apenas em cidades maiores, mas grande parte das cidades pequenas podem trazer soluções em escala", afirmou Montanha.
Neste sentido, foram citados polos de tecnologia como Santa Rita do Sapucaí (MG), cidades do interior paranaense que estão recebendo plantas para fabricação de veículos elétricos e áreas cobertas com 4G rural como exemplos de terreno fértil para projetos de Internet das Coisas.