Um importante executivo de um grupo nacional de comunicação disse a este noticiário que as licenças do Serviço Especial de TV por Assinatura (TVA, que opera por meio de um único canal em UHF) podem ser usadas para se criar um canal de TV aberta para recepção móvel.
"Se esse uso for liberado pelo governo, fará todo o sentido usar esse canal para transmitir um sinal móvel diferente do sinal aberto normal. Esse novo canal teria seus horários próprios, com jornalismo na hora em que as pessoas estão no carro ou no ônibus, por exemplo", disse o executivo, cujo grupo detém algumas licenças de TVA.
Uma das vantagens propagadas pelo governo na escolha do padrão ISDB de TV digital terrestre foi justamente a possibilidade de se fazer transmissão fixa e móvel (1-Seg) no mesmo canal, sem a necessidade do uso de frequências adicionais. No caso da TV aberta, como a multiprogramação foi proibida pelo Minicom nos canais consignados (porque configuraria em tese uma nova concessão de TV), as emissoras têm replicado no sinal móvel o mesmo conteúdo da programação normal. Já no caso das TVAs, essa limitação não seria mais necessária. Na visão de alguns radiodifusores, o padrão nipo-brasileiro poderia ser adotado nas TVAs também, permitindo multiprogramação e mobilidade. Outro modelo de negócio possível é a cobrança pelo conteúdo, já que as licenças de TVA são outorgas de TV por assinatura.
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