Vivo encerra 2020 com queda nas receitas

Foto: Pixabay

A Vivo encerrou 2020 com queda nas receitas, especialmente com os serviços legados, enquanto o lucro líquido cresceu no último trimestre, mas ainda apresentou queda no consolidado do ano. Os dados foram divulgados no balanço financeiro do período na noite desta terça-feira, 23, junto com o anúncio das negociações da unidade de fibra com grande fundo internacional de investimentos.

A receita operacional líquida da empresa caiu 1,6%, totalizando R$ 11,193 bilhões no quarto trimestre. No consolidado do ano, o total foi de R$ 43,126 bilhões, uma redução de 2,6%. 

Na divisão por "receitas core", que considera total excluindo voz fixa, Internet de cobre (xDSL) e DTH, a empresa registrou R$ 9,828 bilhões, um aumento de 3,2%. No acumulado do ano, foram R$ 37,030 bilhões, aumento de 1,5%. Esse total representou 87,8% da receita total da operadora no trimestre (aumentando 4,1 ponto percentual) e 85,9% no ano (avanço de 3,5 p.p.). A receita não core foi de R$ 1,365 bilhão (queda de 26,4%) e de R$ 6,096 bilhões (recuo de 21,7%) no trimestre e no ano.

Notícias relacionadas

Móvel e Fixo

A receita líquida da unidade móvel, entretanto, apresentou avanço de 1,6% nos últimos três meses, totalizando R$ 7,569 bilhões. Ainda assim, o acumulado do ano foi de R$ 28,421 bilhões, o que representou queda de 0,9%. 

A companhia diz que houve crescimento de 0,9% da receita do pós-pago no trimestre "principalmente em função do reajuste dos planos" e do aumento da base com a migração do pré-pago para o controle. A receita do pré-pago, por sua vez, aumentou 7,3%. A operadora também fala que houve impacto da ampliação de SVA como o Disney+ no final do ano.

Na unidade fixa, a receita teve uma redução maior no trimestre, de 7,7%, totalizando R$ 3,623 bilhões. Em 12 meses, a queda foi de 5,7%, totalizando R$ 14,705 bilhões. Considerando apenas a banda larga em fibra, a receita cresceu 52,9%, totalizando R$ 896 milhões no trimestre. No ano, somou R$ 3,060 bilhões, avanço de 50,4%. 

A TV por assinatura apresentou queda de 4,8% no quarto trimestre, custando R$ 418 milhões. Em 12 meses, foi de R$ 1,660 bilhão, queda de 9,2%. A voz fixa caiu 18,2% e totalizou R$ 1,010 bilhão no trimestre, no ano somou R$ 4,306 bilhões, redução de 18,6%. Dados corporativos e TIC somaram R$ 710 milhões (recuo de 4,2%) no trimestre e R$ 2,784 bilhões (aumento de 0,7%) no ano.

Lucro e investimento

Entre outubro e dezembro, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) foi de R$ 4,877 bilhões, uma queda de 1,8%. Consolidando todo o ano, o total foi de R$ 17,808 bilhões, com redução também de 1,8%. A margem EBITDA no trimestre e no ano foi, respectivamente, de 43,6% (recuo de 0,1 ponto percentual) e de 41,3% (aumento de 0,3 p.p.).

O lucro líquido da Vivo nos últimos três meses de 2020 foi de R$ 1,293 bilhão, um aumento de 1,5%. No acumulado do ano, a companhia registrou recuo de 4,6%, total de R$ 4,711 bilhões.

Considerando o último trimestre, a Vivo investiu R$ 2,429 bilhões, aumento de 3,1%. E em 12 meses, a companhia investiu R$ 7,789 bilhões, uma queda de 11,9%. Isso representou 18,1% da receita operacional líquida no ano. A companhia diz que o Capex foi destinado principalmente à expansão da rede FTTH e qualidade do serviço móvel.

A dívida líquida da Vivo em 31 de dezembro de 2020 foi de R$ 2,995 bilhões.

Operacional

A Vivo encerrou 2020 com 95,051 milhões de acessos totais, um aumento de 1,5%. Nos acessos móveis, houve aumento de 5,3%, totalizando 78,532 milhões de linhas. No fixo, houve queda de 13,3%, total de 16,519 milhões. 

A cobertura de 4,5G (LTE Advanced) da operadora chegou a 1.872 cidades. Já o serviço de fibra até a residência (FTTH) alcançou 266 cidades cobertas, sendo 102 cidades novas somente durante 2020. 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!