Marcada para quinta-feira, 25, a próxima reunião do Conselho Diretor da Anatel deve trazer a proposta final para destinação da capacidade em 6 GHz (5.925-7.125 MHz), atualmente "disputada" pelos serviços de Wi-Fi 6 e 5G. O edital do leilão das frequências para a quinta geração será discutido na mesma data, após pedido de vista do presidente Leonardo Euler.
O tema do 6 GHz foi incluído na pauta do encontro desta semana após o fim, em 24 de janeiro, de consulta pública sobre o tema. Na ocasião, a proposta colocada pela Anatel era de destinar toda a capacidade (de 1.200 MHz) para uso não licenciado, como o Wi-Fi. O pleito tem apoio de gigantes da Internet e de parte da cadeia de distribuição.
Em oposição, as operadoras e vendors de redes de acesso defendem que metade do espectro siga sem vinculação, permitindo um eventual uso futuro para aplicações 5G. No entanto, mesmo com os pedidos de adiamento, a tendência é que o voto final apresentando na Anatel não traga surpresas frente ao que já foi proposto pela reguladora.
Importância
O tema está sob relatoria do conselheiro da Anatel, Carlos Baigorri. Em manifestação no ano passado sobre o tema, o profissional destacou o peso do uso não licenciado da faixa de 6 GHz. "Não é de hoje que a Anatel aponta a importância do Wi-Fi como alternativa de baixo custo para se promover conectividade, reduzindo o abismo digital existente na sociedade brasileira, mas também como forma de baratear conexões à Internet a partir de redes de 3G e 4G", afirmou Baigorri, na época.