Telefónica espera crescimento de dois dígitos no Brasil em 2017

Após os resultados de 2016, a Telefónica tem uma previsão de receita total estável para este ano, ainda enfatizando a otimização de investimentos e custos operacionais. A companhia espera impactos regulatórios na Alemanha e no Brasil, mas isso não significa um guidance negativo. Durante teleconferência para analistas nesta quinta-feira, 23, o chairman e CEO do grupo espanhol, José María Álvarez-Pallete disse que sente confiança que o desempenho da Telefônica/Vivo no Brasil está "bem forte e sólido" e que continuará nessa direção, sem esperar nenhuma "grande fraqueza nas receitas" neste ano.

O executivo destaca que capturou crescimento do mercado brasileiro e que a empresa cresce na cobertura LTE. E garante que espera crescimento de dois dígitos no País em receitas de dados móveis e ultra banda larga fixa.

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Especificamente para a Argentina, Álvarez-Pallete espera um cenário macroeconômico e de mercado melhor, com tendências de receita e OIBDA sustentáveis. "Estamos, em geral, muito mais confiantes na Argentina", disse. Mas ressaltou que precisa manter o foco no Peru para melhorar os indicadores da Telefónica na região. No México, após três primeiros trimestres difíceis, ele diz enxergar sinais de melhoras.

O plano de demissão voluntária da Telefónica já teve 4 mil funcionários, com economias em Opex no ano passado de 207 milhões de euros, e pagamentos de fluxo de caixa em 156 milhões de euros. Álvarez-Pallete também ressalta controle de margens na Espanha com a simplificação da rede e da cadeia de varejo.

O diretor executivo de estratégia e finanças, Ángel Vilá, destacou que a melhoria na taxa cambial no Brasil (além de México e Colômbia) exigiu uma "abordagem dinâmica", levando em consideração não apenas a evolução da moeda, mas da taxa de juros. Além disso, destaca que emitiu "algumas debêntures" na subsidiária brasileira e que "talvez faça algum refinanciamento adicional", mas abaixo de 4% e diminuindo no custo dos juros.

Vilá afirmou ainda que a dívida de 48,6 bilhões de euros ao final de 2016 será reduzida de forma inorgânica durante este ano "pelo menos com a anunciada transação da Telxius" – a companhia espera vender 40% de sua participação na subsidiária de ativos de infraestrutura. Há também a expectativa de que será reduzida com excesso de fluxo de caixa livre sobre dividendo e com pagamentos antecipados de aposentadorias.

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