O Mobile World Congress de 2016, que acontece esta semana em Barcelona, é essencialmente sobre Internet das Coisas. Esse é o tema mais falado e, mesmo quando se fala de 5G (o outro tema dominante), o pano de fundo é sempre expectativa de um mundo em que tudo estará conectado. O que fica claro é que esse cenário é a aposta das empresas de telecomunicações para recuperarem o protagonismo perdido para as empresas de Internet. Isso porque as redes se tornam mais relevantes no ambiente da Internet das Coisas, e a integração com plataformas complexas de TI é vital para a viabilização dos serviços.
Quem faz esta análise é Chuck Robbins, presidente da Cisco: "no ambiente de IoT, a rede vai ser mais relevante do que nunca. E poucas empresa podem lidar com essa transição na escala de bilhões de conexões. Isso requer muita preparação e capacidade", disse ele.
Questionado por este noticiário se esse cenário não acabaria criando uma Internet menos aberta a iniciativas de garagem, de pequenos desenvolvedores ou desenvolvedores individuais, Robbins disse não acreditar. Para ele, existe hoje uma cultura forte de investimento em inovação e venture capital voltado para pequenos empreendedores, o que permitirá aos pequenos desenvolverem aplicações no ambiente da Internet das Coisas, assegurando a diversidade de iniciativa mesmo que as aplicações demandem empresas de grande porte para serem implementadas, segundo ele.