Com apenas três meses de lançamento, a Sky já conta com banda larga fixa em 36 cidades, e planeja uma expansão rápida. Por trás dessa estratégia está o acordo não exclusivo de rede neutra com a FiBrasil. Diretor de banda larga da operadora, Rodrigo Fernandes destacou quais serão os próximos passos da empresa durante o Teletime Tec Redes & Infra, evento organizado por TELETIME nesta terça-feira, 22, em São Paulo.
De acordo com o executivo, todo o projeto levou cerca de seis meses, o que evidencia a velocidade de chegada ao mercado (go-to market) da parceria. Agora, a previsão é chegar a mais 15 cidades até o final deste ano. "E para 2023, com certeza chegar a mais de cem cidades", destacou ele a este noticiário.
A parceria inicial com a FiBrasil também não deverá ser a única. Segundo confirmou Fernandes, o mercado é "complementar" e, por isso, a construção do sistema de tecnologia na Sky já foi feita de forma a aceitar outros players, deixando a decisão de acordos para uma questão apenas comercial. "Como premissa interna, na estratégia que criamos, nos preparamos em nível sistêmico para nos conectar em mais de um provedor de rede neutra. Separamos nosso core de TI toda a parte de integração para fazer um end com as redes neutras."
Para tanto, o diretor de banda larga da operadora diz que é fundamental trazer padrões interoperáveis, com APIs comuns para a integração de sistemas entre diferentes empresas. "Com a experiência de já estar operando, todas as empresas e operadoras precisam preparar o sistema, porque a integração é a alma do negócio e precisa ser transparente para o cliente."
O executivo colocou que a ideia é aproveitar toda a rede de distribuição existente da operação de DTH, que tem uma cobertura em mais de 5 mil municípios. Por isso, ele não fala em perfil de cidade ideal para entrar, mas entende que a ideia é expandir para qualquer um desses demais mercados onde pode oferecer a banda larga de forma complementar à TV por assinatura. "Nossa missão é de centralizar o foco em racionalização de investimentos, e entendemos que essa é a equação das redes neutras".
Assim, diz Rodrigo Fernandes, a Sky pretende se diferenciar da competição acirrada com pequenos provedores e mesmo as grandes teles por meio da prestação de serviço. "Acreditamos que não existe nenhum 'oceano azul'. Vamos ter competição, e encaramos isso de forma serena", coloca. "O grande segredo é não entrar na guerra de preços, temos que nos preocupar em fazer com que o cliente entenda isso como percepção de valor."
