Deutsche Telekom aposta em parcerias e serviços OTT para a América Latina

A operadora alemã Deutsche Telekom (DT) não tem nenhum desejo concreto oficialmente revelado de aportar no Brasil para brigar diretamente com as grandes operadoras, mas isso não a impede de entrar no mercado por outras vias. O diretor de vendas para serviços de acesso P&I (proteção e indenização) da companhia, Steve Garrood, afirma que o mantra no mercado não é de chegar e conquistar nos países em desenvolvimento, mas aproveitar a expertise de empresas locais. "É mais para fazer parcerias, oferecendo todos os nossos produtos para operadores de rede e operadores virtuais no País", diz ele, que esteve em São Paulo neste mês para apresentar seu case com a especialista em segurança Symantec.

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Ele garante que na Deutsche Telekom não há "nenhum desejo de entrar diretamente" no Brasil. "Não tem havido nenhuma visão estratégica que eu saiba para uma movimentação em direção da base sul-americana de redes", diz. Mas ele reconhece que a região traz oportunidades. "Podemos ver com outros parceiros e ajudar as operadoras a monetizar". A operadora estaria trabalhando com "algumas operadoras Tier 1" na América do Sul, que comercializam capacidade de rede,  para oferecer produtos desenvolvidos na Alemanha em whitelabel (quando uma empresa adota a solução com sua própria marca), como um gerenciador de acessos Wi-Fi.

Outra solução desenvolvida pela DT é a de camadas de produtos over-the-top (OTT), como streaming de mídia e produtos de acesso via cloud. Confrontado com a política na Alemanha de oferecer cota de tráfego mensal nas conexões fixas e, limitando depois os OTT que não sejam da própria operadora, Garrood declarou que não é mais uma prática na empresa. "É como nossos produtos eram entregues no passado, mas vemos muitas mudanças no nosso portfólio em diferentes regiões", desconversa o executivo.

Segurança

Uma das parcerias que a Deutsche Telekom tem é justamente com a Symantec. Segundo Steve Garrood, o acordo já dura uma década, e eles pretendem expandir para além do portfólio fixo. A empresa pode explorar isso também com suas operações móveis, como a operadora T-Mobile, que atua na Europa e nos Estados Unidos. "Segurança é um dos nossos maiores requerimentos, em qualquer device. Estamos vendo formas de poder monetizar isso", explica, sugerindo a abordagem multitela também com serviços de proteção OTT. "É de longe a nossa parceria mais forte porque as duas marcas se complementam de uma maneira muito boa", garante.

A chegada dessa parceria como produto para outras empresas também pode ser implantada em breve. "Em alguns casos já estamos bem próximos, já colocamos propostas na mesa", disse. Mas Garrood avisa que, na rede móvel, poderá levar mais tempo. "Algumas das operadoras estão vendo como será feito, não sei se isso terá uma adoção tão rápida porque o que acontece na rede costuma demorar mais, mas o potencial lá é enorme", conclui.

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