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QMC aposta em aluguel de infraestrutura em parceria com Vivo

Esquema de antenas no complexo empresarial BR21 em Brasília . Foto: Divulgação

Para fazer o offload de grandes complexos empresariais, uma cobertura indoor de small cells pode não ser o caminho mais viável diante de uma grande demanda de tráfego. Para tanto, há o sistema de antenas distribuídas (DAS, na sigla em inglês), que espalha equipamentos de rádio nos prédios, mas que conta com uma infraestrutura única para todas as operadoras ligada a uma central subterrânea. A tecnologia, utilizada em estádios na Copa do Mundo, agora é oferecida pela fornecedora latino-americana QMC Telecom, que anunciou nesta quinta-feira, 22, parceria com a Vivo e negociações com TIM e Claro para fornecer o DAS para cobertura indoor 2G, 3G e 4G no complexo corporativo BR21, em Brasília.

Para além do escopo do projeto, que visa ampliar a cobertura para mais de 7 mil profissionais e 2 mil visitantes diários do local com cerca de 480 antenas em 220 mil m² de área, há o modelo de negócios apresentado pela QMC (e que conta ainda com parceria com a Radio Frequency Systems – RFS -, que fornece as antenas), no qual é a empresa que investe do próprio capital na infraestrutura, na instalação e na operação do serviço. Assim, à operadora cabe o aluguel da operação e manutenção do DAS.

O presidente da QMC Telecom, André Machado, diz que o modelo acaba reduzindo a barreira de entrada para as teles, uma alternativa que pode ser interessante em tempos de revisão de Capex mediante a crise econômica. “A gente costuma dizer que a área tende a florescer pelas dificuldades da economia”, declara. Ele não revela o valor do contrato com a Vivo no BR21, mas estima um investimento próprio na infraestrutura de entre R$ 5 a R$ 10 milhões apenas para esse projeto. A companhia recebeu um levantamento de capital de US$ 100 milhões no começo do ano para investir nessa estratégia e no mercado de aluguel de torres, no qual também é player.

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Para fazer sentido e dar retorno para a própria QMC, no entanto, o acordo precisa ser de longa duração. “Se o contrato não for de 20 anos, nem fazemos”, revela Machado, considerando esse prazo o maior desafio. Se por um lado é garantia de serviço prestado por duas décadas, para as operadoras faz sentido por diminuir o preço do aluguel e poder trabalhar com melhora de qualidade de rede na cobertura indoor e na percepção do usuário. Mas é preciso um trabalho de convencimento. “Esse é o ineditismo – alguém tem que acreditar poder fazer isso. Quando se fala em 20 anos, tem que acreditar que o mercado existe e vai durar, tem que segurar o capital para frente e esperar que vai ter retorno tão longo.”

Além do complexo empresarial em Brasília, a companhia já trabalha com oito empreendimentos, a maioria shopping centers no Rio de Janeiro. Há projetos grandes como o BR21, mas ainda não fechados. “O Brasil tem potencial bem grande nessa área, e o mundo está começando ainda, especialmente nos Estados Unidos, com grandes cassinos e torres, que se não tiverem solução indoor, entopem”, diz o executivo. Para ele, justamente a quantidade de edifícios comerciais de alta concentração de pessoas no Brasil garante uma demanda alta. “A dificuldade é a crise, geralmente (o investimento vem) de capital externo, e você acaba tendo risco associado a isso, então a empresa tem que estar muito segura e ter coragem para investir”, reconhece.

Tecnologia

O presidente da QMC explica que a empresa faz toda a passagem de cabo, fibra ou coaxial, pelo prédio. Além disso, coloca antenas e equipamentos remotos e faz o trabalho de “obra civil” ao dedicar uma sala com espaço para cada operadora instalar seu gabinete. As antenas se conectam à infraestrutura, chegando à sala de equipamentos onde o DAS está instalado e de onde partem os sinais para as operadoras de maneira separada. “Do DAS para trás é tudo da operadora, conectando a uma fibra e aí conectado ao backhaul”, conta. Com isso, desafoga também a carga das antenas macro externas no entorno, que antes precisavam servir aos cerca de 9 mil usuários no BR21, por exemplo.

André Machado diz ainda que não se trata de uma aplicação de small cells (tecnologia com a qual a empresa também trabalha), mas de um sistema de antenas da fornecedora RFS de potência macro (80 W) e que servem a todas as operadoras simultaneamente. “Esse sistema foi para 2G, 3G e 4G em todas as frequências, 850 MHz, 1,8 GHz e 2,5 GHz”, garante.

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