A operadora francesa Orange é hoje um dos casos mais avançados de operadoras a adotarem uma rede baseada em software (SDN) com serviços virtualizados (NFV), dois dos conceitos/tecnologias mais impulsionados por fornecedores e analistas de telecomunicações como tendências. Mas a própria operadora admite que ainda há um longo caminho adiante. Para Alain Maloberti, SVP da Orange Labs, a primeira observação é que adotar SDNs sem NFV não faz muito sentido, e vice-versa. "O que todos querem é serviços mais flexíveis, com menor custo, QoS (qualidade de serviço) e flexibilidade, mas chegar lá é bem mais complexo". Segundo ele, se bem adotada, uma rede controlada por software de fato pode trazer redução de custos, mas a necessidade de integrar com equipes de IT e rede também aumenta muito. "Além disso, SDNs e NFVs não são só uma missão para equipes de TI e rede, mas para toda a equipe de serviços, para todos os processos da empresa". Ele aponta ainda dificuldades como padronização de equipamentos entre múltiplos fornecedores, interoperabilidade e protocolos abertos como aspectos essenciais (e ainda não plenamente atendidos) para que as redes definidas por software e os serviços virtualizados se tornem uma realidade. Maloberti participou esta semana do Broadband World Forum, realizado em Londres.
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