Na última sexta-feira, 19, o órgão regulador de telecomunicações do Equador, Conatel, aprovou resolução que aloca o espectro dos dividendos digitais para serviços de banda larga móvel. Nesta segunda-feira, 22, a GSM Association (GSMA) da América Latina, entidade que representa operadoras móveis no mundo, divulgou nota apoiando a decisão equatoriana. Segundo o comunicado, realizado em nome do diretor da entidade, Sebastian Cabello, a faixa de 700 MHz tem "características ideais" para cobrir áreas rurais com o LTE. A GSMA destaca que o Equador segue os passos da Costa Rica, Panamá e México, que decidiram adotar o plano de banda Ásia Pacífico (APT) para a alocação de dividendos digitais. Além disso, a nota avalia positivamente a decisão rumo à harmonização do espectro, que forneceria a escala para os fabricantes de equipamentos móveis, ajudando a popularizar a banda larga móvel.
A posição do órgão não causa surpresa. Durante a Futurecom no Rio de Janeiro no começo de outubro, o chairman da GSMA, Franco Bernabè, junto a membros da entidade, defendeu a alocação da faixa de 700 MHz para serviços móveis na América Latina. O Brasil também deverá seguir a tendência. Durante o IV Seminário de Telecomunicações, organizado pela Fiesp em São Paulo no final de setembro, o secretário de telecomunicações do Minicom, Maximiliano Martinhão, afirmou que é provável que o governo brasileiro adote o APT. Na ocasião, ele disse que o ministério tem trabalhado para disponibilizar a frequência para a telefonia móvel, mas que precisa concluir estudos sobre a liberação da faixa, atualmente ocupada pela transmissão da TV analógica.