Sucesso do mobile payment depende de cooperação, dizem empresas

Uma das principais barreiras para o sucesso do mobile payment no Brasil é a falta e colaboração entre os elos da cadeia e a definição de um modelo de negócios, ou seja, bancos, operadoras e redes de cartões têm de chegar a um senso comum sobre quem vai pagar a conta dos serviços de dados e SMS, formas mais comuns de se realizar o mobile payment, utilizados pelos estabelecimentos e clientes na hora do pagamento da conta.
"Cooperação é o nome do jogo. Temos que pensar em iniciativas que atendam os interesses de todos", afirmou Emerson Duran, diretor de pagamentos da Redecard, durante o 1º Forum Mobile Plus: Mobilidade + Negócios, que aconece esta semana em São Paulo. O evento é promovido pelas revistas TI INSIDE e TELETIME.
De acordo com Massayuki Fujimoto, superintende de marketing de Internet do Citibank, as conversas estão seguindo a um bom passo e é possível que se chegue a um acordo já no ano que vem. "Este cenário está começando a se concretizar e ficará muito forte entre o fim de 2008 e o início de 2009. Os novos players inicialmente não tinham a visão da complexidade deste sistema, e agora começam a entendê-lo", analisou o executivo.

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Dessa forma, alguns projetos de mobile payment devem ser lançados entre e o fim deste ano e o início do ano que vem. Os executivos apontaram que este ano foi voltado para projetos experimentais, que apresentaram bons resultados. "A partir do ano que vem veremos soluções bastante interessantes", comentou Fujimoto.
"Já tenho contrato assinado com todas as operadoras, e acredito que elas devem lançar algo em 2009", analisou Raul Pavão, diretor de marketing da Evermobile, integradora que atua neste segmento. A empresa já faz parte do projeto de mobile payment existente entre a Claro e o Banrisul, na região sul do País. Além destes, a Oi, com o Oi Paggo, a Visa, com o Visa Pay, também têm projetos de mobile payment.

Falta modelo

Apesar de entenderem que para o m-payment atingir uma maturidade e massificação será necessário um modelo definido como padrão para todas as empresas e estabelecimentos, a indefinição na escolha do modelo de negócios fará que, neste início, sejam lançados diversos modelos diferentes. "No começo estes vão coexistir, até o momento que eles vão convergir para um modelo padrão á na frente", comentou Duran, ressaltando que a Redecard, tem projetos com alguns emissores, e lançará no ano que vem serviços de mobile payment.
Esta solução é apontada como interessante para todas as empresas. Na visão da redes de cartões, é significante, pois com este serviço elas aumentam a penetração dos usuários de suas soluções de pagamento. Em relação aos bancos, é importante pois eleva o número de pessoas que serão bancarizadas. Já para as operadoras, esta é uma saída para os problemas de redução de Arpu e aumento do churn que elas vêm atravessando nos últimos meses, já que com as soluções de mobile payment, as empresas teriam novas formas de elevar as receitas de dados e SMS, as duas formas mais populares de se realizar o m-payment, além de ter no serviço uma forma de fidelizar o cliente.

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