Ganhar a confiança do usuário é desafio para mobile commerce

O uso do celular como meio de pagamento ainda é algo incipiente no Brasil e o maior desafio é ganhar a confiança dos usuários e dos lojistas. Hoje, o principal projeto em andamento no País nessa área é o da Oi Paggo, bandeira de cartão de crédito da Oi que realiza as transações pelo celular. Durante painel sobre mobile commerce no 1º Fórum Mobile+, nesta quarta-feira, 22, em São Paulo, o diretor geral da Oi Paggo, Roberto Rittes, comentou sobre a dificuldade de convencer os usuários das vantagens do pagamento pelo celular: "As pessoas pensam que o celular é menos seguro que o cartão de crédito, o que não é verdade. É preciso ainda educar o público". A venda pelo Oi Paggo só é realizada se o cliente digitar sua senha no seu próprio celular, o que faz com que a solução não sofra com problemas de clonagem como os cartões de crédito tradicionais.
Um projeto de mobile commerce que está sendo implementado agora no Brasil é o Tagshop, uma espécie de disparador de pedidos de compra via SMS. O diretor geral da empresa, Claudio Nasajon, concorda com Rittes: "A criação da cultura de compra é o segredo para o sucesso desse mercado". Para ajudar nesse sentido, a empresa vai investir R$ 15 milhões em marketing nos primeiros 12 meses de operação e montou um call Center para tirar as dúvidas do usuários que utilizarem a solução. A Polishop será o primeiro grande varejista a usar o TagShop.

Estabelecimentos credenciados

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Na prática, quem está desbravando o mercado de mobile commerce no Brasil se vê diante do seguinte problema: enquanto não há massa crítica de usuários, é difícil convencer varejistas a aderir às soluções. E vice-versa. "É o paradoxo de Tostines", compara Nasajon.
A Oi Paggo procura se diferenciar para conquistar os lojistas: em sua solução não existe o custo de aluguel de POS (terminal do ponto de venda), pois o celular faz essa função. Além disso, a taxa descontada sobre as compras é quase a metade da cobrada pelos outros cartões. Apesar das vantagens e do forte investimento em mídia durante seu lançamento, a Oi Paggo tem hoje 60 mil estabelecimentos comerciais credenciados, o que ainda é um número pequeno se comparado com bandeiras de cartão tradicionais. Uma das estratégias da companhia tem sido o foco em pequenos lojistas e em serviços que normalmente não conseguem oferecer vendas por cartão, como serviços de entrega, taxistas etc. Rittes aposta também no uso do Oi Paggo na internet, por ser mais seguro do que o cartão normal, cujos dados podem ser interceptados por hackers. Os sites da Americanas.com e da Gol já oferecem vendas via Oi Paggo.

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