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Carros virão com simcard "chapa branca" para rastreamento

A partir de agosto de 2009, todos os carros produzidos no Brasil sairão de fábrica equipados com GPS e um módulo para comunicação de dados pela rede celular. Trata-se de uma nova exigência do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e detalhada na resolução 245 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). A resolução foi publicada em agosto de 2007 e desde então representantes dos diversos setores envolvidos (governo, montadoras de automóveis, operadoras celulares, fabricantes de simcards, empresas de rastreamento etc) vêm se reunindo sob a moderação do Contran para definir como atender a essa obrigação. Uma das mais recentes decisões é de que os carros virão com um simcard capaz de ser ativado para uso na rede de qualquer operadora celular que existe ou que venha a existir no Brasil. Por conta dessa característica, foi apelidado de simcard "chapa branca". No mundo inteiro houve até agora poucas experiências com simcards assim, algumas na Europa e uma no México. E o caso brasileiro difere dos demais por ser o único em que não é utilizada uma solução proprietária.
Os simcards virão com uma numeração do Denatran e sua ativação dependerá de liberação pelo órgão. Caberá ao dono do carro decidir se ativa ou não o simcard, que servirá unicamente para o serviço de rastreamento do veículo. O consumidor será livre para escolher qualquer empresa de rastreamento, que, por sua vez, escolherá a operadora celular que lhe prestará o serviço de tráfego de dados. Se em algum momento o prestador do serviço de rastreamento decidir trocar de operadora, isso será possível sem mudar o simcard instalado no carro.
Ainda falta decidir pequenos detalhes, como a matéria-prima do compartimento do simcard. Como estará exposto a condições de alta vibração e alta temperatura, é necessário que seja usado um simcard mais resistente que aqueles dos telefones celulares. Também ainda não está claro como serão os procedimentos de testes nas linhas de produção de automóveis. "A única coisa que temos certeza é de que a partir de agosto de 2009 nenhum veículo será licenciado pelo Denatran se não vier equipado para rastreamento", comentou o gerente de desenvolvimento de aplicativos especiais da Vivo, Wlamir Molinari, um dos executivos que têm participado das reuniões.

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Esforço

O esforço vale a pena. A expectativa das operadoras é que anualmente 5 milhões de veículos com rastreador cheguem ao mercado, ampliando as possibilidades de oferta de serviços de valor adicionado por parte das teles celulares.
Os pacotes de dados necessários à manutenção dos serviços serão comercializados às seguradoras ou gerenciadoras de risco a preços diferenciados. O grande problema é que a carga tributária para este serviço ainda é a mesma do serviço de SMP, e o pagamento da taxa do Fistel também pode significar um forte gerador de custos aos operadores. Há negociações entre operadoras e governos Estadual e Federal para tentar contornar esse problema.

Nova licença

Outra novidade é que a Anatel prepara a criação de uma licença especial para o serviço de rastreamento de veículos. Até o momento, as empresas que prestam esse serviço atuam sem uma licença adequada para tal. A nova licença deve ser criada até o fim deste ano, para evitar que as gerenciadoras de riscos, rastreadoras ou seguradoras se tornem revendas de serviços de SMP.

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