Os testes de redes privativas 5G conduzidos nas instalações da WEG em Jaraguá do Sul (SC) passarão a envolver o uso de espectro em ondas milimétricas, redes de acesso no padrão Open RAN e convivência com o WiFi 6.
Segundo o CEO da V2COM WEG, Guilherme Spina, as novidades serão introduzidas nas novas etapas da experimentação, que serão baseadas em equipamentos 5G com padrão Release 16. A rodada anterior de testes (em parceria com Anatel e ABDI) utilizou o Release 15 e licenças experimentais em 3,5-3,6 GHz e 3,7-3,8 GHz.
No caso, foram ativadas redes 5G non-standalone (em parceria com a Claro) e standalone, com core de rede instalado no próprio ambiente fabril em Santa Catarina. Agora, a intenção da fabricante de equipamentos seria a de fazer a conta sobre qual dos dois modelos é mais vantajoso para implementação na indústria.
"Será que a operadora fazendo o network slicing, trazendo computação de borda e prestando serviço como opex mensal é mais vantajoso que ter a infraestrutura, equipe de TI e cuidar [da rede]? O jogo está aberto", afirmou Spina, durante evento organizado pelo portal Convergência Digital nesta quarta-feira, 22.
Presente ao lado da WEG no debate, a Dell Technologies se posicionou pela abordagem ao lado das operadoras – que poderiam oferecer um portfólio avançado de 5G e edge "as a service", de acordo com o diretor de marketing para a área de telecom, Sandro Tavares. A empresa forneceu servidores para o core standalone utilizado nos testes da WEG.
Já o head de soluções corporativas da TIM, Paulo Humberto Gouvea, defendeu uma abordagem baseada em distritos industriais que permita acesso das redes privativas também para pequenas e médias, construindo assim um ecossistema de soluções.
A operadora ainda destacou a obsolescência de equipamentos e a necessidade de equipe especializada como obstáculos para redes privativas por conta própria, em oposição à expertise das operadoras no segmento.