O Facebook acredita que as pequenas prestadoras terão papel preponderante na conectividade, especialmente com o 5G. Para a empresa, que tem desenvolvido diversos projetos de conectividade baseados em tecnologias e modelos abertos e de baixo custo por meio do Facebook Connecivity, é necessário que se viabilize o máximo de espectro não licenciado possível também para a chegada do WiFi 6E, em complemento às redes de quinta geração. O WiFi 6E é aversão do WiFi 6 que depende da faixa de 6GHz para poder ter plena funcionalidade e é dedicado sobretudo para aplicações que demandam elevadas taxas de transmissão, como AR (realidade aumentada), VR (realidade virtual), aplicações críticas indoor (como telemedicina), entre outras.
Segundo a head de Políticas Públicas de conectividade e acesso do Facebook Brasil, Ana Luiza Valadares é necessário "garantir que haja espaço para operadoras competitivas e para que negócios novos sejam viáveis no Brasil, como redes neutras e abertas, com equilíbrio entre uso licenciado e não licenciado", disse ela durante painel Telebrasil 2020 nesta terça, 22.
Sobre a convivência de tecnologias, o uso de WiFi 6 e Wifi 6E para offload de 5G foi abordado por alguns debatedores. "Wi-Fi e telefonia móvel são complementos naturais. (Muitas aplicações do) WiFi 6E estarão disponíveis para ser usado em 2021, mas precisa-se viabilizar banda para se ter uma efetiva complementação de Wi-Fi e 5G para melhorar a conectividade", disse Valadares. Ana Luiza, entretanto, sustenta que esperar até 2035 para ofertas de serviços que podem ser feitas agora pelo Wi-Fi 6E não tem justificativa.
"Em WiFi 6, a Ericsson também entende que sejam tecnologias complementares e acredita que o espectro de 6 GHz deveria ter parte destinada a não licenciado, mas é importante reservar parte para licenciado", retrucou Marcos Scheffer, vice-presidente de Redes e Serviços Gerenciados da Ericsson. (Com Agência Telebrasil)