Teles mantêm liderança na geração de receita entre empresas do setor de serviço

As empresas de telecomunicações mantiveram em 2015 o primeiro lugar na geração da receita operacional líquida, apesar de terem perdido participação de 2007 (18,9%) para 2015 (11,3%). Já a atividade de tecnologia da informação (7,2%) perdeu uma posição, passando a ocupar a quinta colocação, conforme dados da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) divulgada nesta sexta-feira, 22, pelo IBGE.

De acordo com analistas do instituto, a pesquisa captura os sinais da crise econômica, que foi iniciada em 2015. O objetivo do levantamento é analisar a estrutura produtiva do setor de serviços.

A atividade de tecnologia da informação (7,2%) perdeu uma posição, passando a ocupar a quinta colocação, na comparação entre 2015 e 2007. No segmento serviços de informação e comunicação, que inclui serviços de TI, TICs e telecomunicações, que respondia pela maior parcela da receita operacional líquida em 2007 (31,3%), caiu para a terceira posição em 2015 (22,8%).

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Em termos de valor adicionado, os serviços de informação e comunicação perderam participação, saindo de 27,2% (2007) para 19,3% (2015) e caíram da segunda para a terceira posição. Já em relação à massa salarial, os serviços de informação e comunicação mantiveram a terceira colocação, embora tenham caído para 16,4% em 2015 ante 17,9% em 2007.

O IBGE ressalta que o indicador de razão de concentração de ordem oito passou de 15,1% (2007) para 10,1% (2015), indicando que o setor de serviços se tornou menos concentrado, com as oito maiores empresas da PAS perdendo participação no total da receita operacional líquida do setor. Embora o segmento de informação e comunicação tenha sido o mais concentrado, nos dois momentos analisados (40,2% em 2015 e 46,1% em 2007), sua razão de concentração ficou na faixa entre 25% a 50%, característica de atividades pouco concentradas.

Números gerais

De acordo com a pesquisa, em 2015, o setor de serviços era composto por 1,3 milhões de empresas, que geraram R$ 1,4 trilhão de receita operacional liquida e R$ 856 bilhões de valor adicionado bruto. O setor empregava 12,7 milhões de pessoas, que receberam R$ 315 bilhões de salários, retiradas e outras remunerações.

A média de ocupação do setor de serviços foi de dez pessoas por empresa. O segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio concentrou as empresas de maior porte (média de 14 pessoas ocupadas por empresa). Os segmentos atividades imobiliárias e serviços de manutenção e reparação registraram a menor média (quatro pessoas ocupadas por empresa).

O salário médio mensal ficou em R$ 1.911. As empresas do setor de informação e comunicação tiveram a média salarial mais alta (R$ 3.831) e os serviços prestados principalmente às famílias, a mais baixa (R$ 1.178). Os serviços profissionais, administrativos e complementares concentraram a maior parcela do pessoal ocupado (40%) e de massa salarial (35,9%).

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