Para José Antônio Gonzalez, diretor de projetos especiais da StarOne, o mercado das operadoras de satélite está sendo alterado de maneira significativa por conta de várias tendências de mercado. Os satélites de altíssima capacidade (HTS), as redes de órbita média e baixa (MEO e LEO), o provimento de capacidade para backhaul, o mercado de Internet das coisas e as comunicações embarcadas são tendências que mudam a dinâmica da indústria.
Para ele, a partir de 2017 é bastante provável que o Brasil veja um grande gap entre oferta e demanda de capacidade, por conta dos satélites em banda Ka. Mas ele acredita que esse gap pode ser menor, "porque existe uma demanda escondida que só aparece quando a capacidade estiver disponível a um custo razoável". O desafio das operadoras, diz ele, é reduzir o custo por Mbps. Uma outra tendência que a StarOne enxerga é o de verticalização das operações, em que as empresas não vendem apenas capacidade, mas sim o serviço completo ao cliente. O fato de a StarOne ser parte de um grupo verticalizado (grupo América Móvil) coloca naturalmente a operadora nessa posição.
Ele aponta como desafio ao mercado a evolução da parte terrestre. "A capacidade dos satélites está evoluindo muito, mas a parte terrestre não está acompanhando, e não adianta nada ter capacidade se ela não pode ser utilizada de maneira racional".