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Parcerias e realidade operacional são desafios à banda Ka no Brasil

 

O mercado de banda larga via satélite ao consumidor final é promissor no Brasil e mostra grande potencial. Mas operacionalização dos serviços e busca de parceiros é essencial para o sucesso dos projetos. Essa é a constatação dos operadores que já estão trabalhando as tecnologias de banda Ka no Brasil. Délio Moraes, CEO da Hughes (que em julho lançou o serviço residencial HughesNet) disse que a boa notícia depois do lançamento é que a demanda existia, apesar da crise econômica e das experiências ruins que o mercado havia tido com a tecnologia. “Quando se faz um planejamento de um serviço como esse, é com anos de antecedência, e as turbulências que você enfrenta no caminho não podem te fazer desistir ou perder o foco”, diz o executivo, sobre lançar o serviço em um momento tão ruim da economia. “O que ficou claro é que a demanda existe e a tecnologia funciona perfeitamente. Mas não é simples manter todas as etapas da operação com a tranquilidade que buscamos”, disse, lembrando que existem imensos desafios de logística, tributários e de mão-de-obra a serem vencidos. “Se tratar o mercado bem, o retorno existe. O nosso compromisso é de longo prazo, e recentemente contratamos mais capacidade para ampliar o serviço na segunda fase, a partir de 2018”. A Hughes opera o mesmo tipo de serviço nos EUA, que tem servido de modelo para o Brasil. Ele reitera que a meta segue a de 400 mil clientes em dois anos e que existe demanda para isso.

Já a Yasat, que prepara o lançamento de seu produto no ano que vem, está otimista com o mercado, observando a Hughes para evitar os mesmos problemas e focando na formação de uma rede de parceiros. “Já estamos namorando com vários parceiros e falta casar. O Brasil tem uma cultura de DTH, mas para a banda larga isso não basta. O cliente é mais exigente e o serviço tem outras necessidades”, diz Márcio Tiago, diretor geral da Yahsat.

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Backhaul

Uma das pioneiras no mercado de banda Ka no Brasil foi a O3b, que sempre teve como modelo de negócio o provimento de capacidade para uso de parceiros, e não a venda do serviço direto ao consumidor. Um segmento que a O3b está buscando é a venda de capacidade para provedores de acesso. Em Tefé/AM, a operadora tem um case de sucesso em que sua infraestrutura satelital serve de backhaul para vários ISPs locais, num trabalho de integração feito por uma empresa parceira (Ozônio). Segundo Sandro Barros, diretor geral da O3b no Brasil, a ideia é reproduzir o mesmo modelo em outros municípios que têm o mesmo problema de falta de capacidade. “Apenas 300 municípios brasileiros têm mais de 100 mil habitantes e muitos municípios pequenos estão em regiões onde não há grande capacidade de infraestrutura de Internet”, diz ele.

As empresas participaram do Congresso Latinoamericano de Satélites, realizado pela Converge esta semana no Rio de Janeiro.

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