A Copa do Mundo prejudicou as vendas de tablets no Brasil no segundo trimestre porque o varejo nacional concentrou sua atenção e seu investimento de marketing na promoção de televisores. Essa é a explicação de analistas do IDC para justificar o crescimento de apenas 1% no volume de unidades comercializadas de tablets entre abril e junho deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado e uma queda de 12% em relação ao primeiro trimestre, que tradicionalmente é mais fraco por causa das férias e do Carnaval. De acordo com levantamento do IDC, foram vendidos 1,94 milhão de tablets no segundo trimestre deste ano, 77% dos quais eram modelos com preços abaixo de R$ 500 – um ano antes essa participação era de 41%.
No total do semestre, foram vendidos 4,2 milhões de tablets no País, o que representa um crescimento de 21% em comparação com o primeiro semestre de 2013. A expectativa dos analistas do IDC é que as vendas se acelerem no resto do ano, fechando 2014 com 10 milhões de unidades comercializadas, ou 19% a mais que em 2013.
Competição com smartphones
O fato de os smartphones estarem aumentando o tamanho de suas telas poderia gerar uma canibalização dos tablets. Porém, isso ainda não ocorreu porque os preços são muito diferentes. Enquanto tablets de 7 polegadas são encontradas por preços a partir de R$ 160, os smartphones acima de 5 polegadas giram em torno de R$ 1 mil. Os públicos são diferentes, por enquanto.
