A Paggo, empresa de pagamentos eletrônicos ligada ao grupo Oi e à credenciadora Cielo, pretende expandir sua atuação mirando o mercado de vendas diretas. Ano passado este nicho de comércio movimentou R$ 36 bilhões no Brasil.
O presidente da empresa, Massayuki Fujimoto, afirma que a estratégia é evitar que o pagamento via celular bata de frente com o já consolidado cartão de plástico, em mercados onde o uso deste dispositivo está consolidado entre consumidores e lojistas. “Não podemos repetir o erro do início, de competir com meios de pagamento tradicionais, nos quais as pessoas têm uma confiança”, diz. Hoje o mercado de vendas diretas tem 47 grandes empresas, como as fabricantes de cosméticos, Natura e Avon, entre outras.
Fujimoto participou nesta quinta-feira, 22, de evento sobre comércio móvel, promovido pela MEF Latam. Segundo ele, a companhia entra numa fase onde pretende se estruturar como adquirente, empresa responsável pela comunicação entre o estabelecimento comercial e a bandeira. “Seremos um complemento da atuação da Cielo”, explica.
O executivo informou que a empresa passa por um período de reformulação, iniciado há cinco meses. Dentro deste processo está a redução dos nichos de atuação da companhia, que fazia praticamente todas as funções possíveis dentro do mercado de pagamento eletrônico. “Fizemos isso para buscar um mercado ainda não atendido por outras empresas”.
Dentro deste projeto está também a alteração da marca, que se desvincula do grupo Oi, para buscar novos sócios no mercado de telecomunicações. “Queremos as operadoras e quem entrar neste negócio pode ter certeza que vai ganhar muito dinheiro”, comenta. “Quem entrar terá participação igual a dos demais sócios, porque pretendemos diluir as participações sempre que alguém novo entrar”.
Mobile+
Fujimoto participará, na semana que vem, de debate sobre mobile commerce durante a quarta edição do Forum Mobile+, ao lado de representantes do Itaú Unibanco, Visa e Movile. Para mais informações, acesso o site do evento.
