Seguradoras querem cobrança na conta de celular para proteção contra desastres

Enchentes Rio Grande do Sul
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

As empresas de seguros articulam a criação de um fundo para ser usado na cobertura de perdas por desastres naturais. Os recursos sairiam de uma cobrança de R$ 2, a ser realizada na conta de luz ou celular pós-pago e que subsidiaria a contratação do seguro.

As informações foram divulgadas nesta quinta-feira, 22, pelo portal UOL. No segmento segurador, a preferência em proposta articulada pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg) é pela cobrança do seguro obrigatório na conta de celular, já que o pagamento se daria junto a um público-alvo de renda mais elevada, na comparação com as contas de luz.

TELETIME apurou que as tratativas existem e há conversas com os representantes das operadoras de telecom. No entanto, para evoluir, o tema precisa avançar politicamente. Também se busca consenso sobre quem seria o gestor do recurso – na lógica das empresas, um grupo de seguradoras poderia ficar encarregado de executar os pagamentos quando necessário. 

Notícias relacionadas

Dessa forma, cada residência teria direito a um seguro social de R$ 15 mil em caso de catástrofes, com pagamento imediato via Pix, e R$ 5 mil por óbito. Estariam inclusos desastres por inundação, alagamento e desmoronamento, por exemplo, segundo a proposta gestada pelas seguradoras.  

Um projeto de lei semelhante já havia sido apresentado pelo setor, ainda em 2023, ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional – mas até então com a alternativa da inserção da cobrança na conta de luz. Os beneficiários de programas sociais ficariam isentos do pagamento.

Neste caso, a iniciativa da CNSeg desejava a criação de um seguro obrigatório para moradores de áreas de risco, visando a proteção das vítimas de tragédias. O texto ainda não tramita no Congresso, embora haja outras iniciativas de natureza similar na Câmara. 

Um dos estudos que baseiam a proposta apoiada pela CNSeg vem da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). O levantamento, publicado no ano passado, ressalta que 93% dos 5.199 municípios brasileiros foram atingidos por algum desastre natural nos últimos 10 anos, sobretudo devido a tempestades, inundações e alagamentos. O tema se tornou ainda mais urgente em 2024, após a ocorrência de enchentes de grandes proporções no Rio Grande do Sul.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!