Conectividade ponta a ponta guia estratégia da nova Commscope

As operadoras de telecomunicações têm caminhado, cada vez mais, para uma oferta de serviços que combina redes fixas de banda larga e/ou vídeo, redes móveis e redes indoor (WiFi). E não por acaso esta é a lógica dos movimentos de consolidação que envolveram a Arris nos últimos anos, especialmente a compra pela Commscope, finalizada em abril deste ano, por US$ 7,5 bilhões. A Arris é uma das empresas fornecedoras de equipamentos de telecomunicações (especialmente vídeo e banda larga) que mais passou por consolidações e fusões nos últimos anos. Começando pela Motorola, Pace, Rukus e, mais recentemente, com a operação com a Commscope. Foram movimentos que marcaram várias mudanças no perfil e no portfólio da empresa nos últimos 10 anos. 

"O propósito da aquisição foi justamente ampliar o portfólio das duas empresas combinadas e torná-las uma única companhia capaz de prover, ponta a ponta, a demanda de conectividade. Esta é uma demanda não dos nossos clientes, mas dos consumidores. Conectividade deixou de algo que as pessoas querem para algo que as pessoas efetivamente precisam", explica Trevor Smith, VP de estratégia global e desenvolvimento de mercado da Commscope. "As operadoras hoje estão expandindo em 5G, em fibra, com cabo, com redes WiFi. Nós não precisamos decidir o que é melhor. Estaremos em todos os mercados", diz Smith, em entrevista a este noticiário durante o Executive Leadership Forum da Commscope/Arris, que acontece esta semana em Miami.

Marcos Takanohashi, VP de vendas da Arris, fala durante o Executive Leadership Forum 2019
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A Commscope era fortemente consolidada como uma empresa de equipamentos passivos (cabos, fibras,  soluções estruturadas), mas nos últimos anos têm expandido para small cells, antenas, e com a Arris agrega soluções vídeo, banda larga, WiFi e também toda uma parte de serviços que antes não existia.

Para Marcos Takanohashi, VP de vendas para a América Latina, a Commscope se tornou uma empresa de "acesso fixo multitecnologia" após a compra da Arris. "Há poucas lacunas no portfólio", diz ele, lembrando que na maior parte das operadoras "a fibra ganhou espaço e o core da rede começou a ser virtualizado, com mais adoção de cloud na ponta das rede", diz. Mas ele destaca que "ainda não há uma convergência da rede wireless com a fixa mas como uma opção para o acesso". Ainda assim, destaca o executivo, a separação está desaparecendo. "Essa tendência de sermos um fornecedor completo é porque as operadoras estão assim".

Trevor Smith destaca que a América Latina é uma região com realidade muito específica nesta estratégia e nem tudo o que a empresa tem a oferecer faz sentido nesse primeiro momento. "É uma região de menor ARPU, e que sempre foi muito centrada em tecnologias de acesso fixo, mas isso tende a mudar com o avanço das redes wireless 4G e depois 5G". (O jornalista viaja a Miami a convite da Arris)

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