Operadoras defendem consolidação do setor

As operadoras de telecomunicações defenderam nesta quarta-feira, 22, a consolidação das concessionárias em um número menor de players. O debate foi provocado pelas especulações de criação de uma grande companhia nacional de telefonia, idéia defendida principalmente pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa. Durante o seminário Obstáculos e Soluções para o Desenvolvimento da Infra-Estrutura, realizado em Brasília, os representantes das três maiores empresas do setor apoiaram a idéia de uma eventual fusão, mas não confirmaram o projeto de união entre Brasil Telecom e Oi, como vem sendo especulado nos últimos meses.
O presidente da Brasil Telecom, Ricardo Knoepfelmacher, brincou com os participantes do evento ao ser questionado sobre a fusão: ?Só para provocar vocês, por que a Oi? Vamos supor que eu vou fundir com a Telefônica. Qual o problema para a competição? Não há, porque estamos hoje em áreas diferentes, com redes de cobre diferentes. Não está se eliminando a competição.? Para o executivo, a consolidação é um movimento natural no setor, mas lembrou que, no Brasil, as fusões são impedidas pelo Plano Geral de Outorgas (PGO).
O diretor de Regulação da Oi, Alan Rivière, também apóia a idéia que o setor pode se tornar mais eficiente. ?Temos uma visão de que deverá haver uma consolidação do mercado porque isso traz ganhos de escala. O direito econômico admite que isso é benéfico, porque traz benefícios para os acionistas e para os usuários que dividem o ganho de escala?, afirmou.

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Para a Telefônica, a única preocupação é que as mudanças no PGO para permitir as fusões não sejam feitas apressadamente para permitir a realização de um projeto específico de duas empresas. ?O cenário não ideal é que se faça as coisas com base no casuísmo. Isso aumentaria a sensação de risco regulatório?, afirmou o vice-presidente de Estratégia e Regulação da empresa, Maurício Giusti. ?Mas vejo a consolidação como um processo normal da indústria?, ponderou depois.

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