A operadora de satélites SES renunciou ao direito de exploração do satélite geoestacionário NSS-7 no Brasil. O pedido, baseado no fim da vida útil do modelo, foi formalizada junto à Anatel em janeiro deste ano. Por unanimidade, o Conselho Diretor da agência aceitou o pedido e a decisão foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira, 22.
O NSS-7 foi lançado em 2002 pela New Skies (empresa adquirida pela SES em 2005), com expectativa de vida útil de 14 anos. O satélite, que ocupava a posição orbital 20º Oeste, era projetado para fornecer serviços de telecomunicações, transmissão de dados e Internet em banda C e Ku.
Segundo informou a empresa à Anatel, o satélite teve processo de retirada de órbita iniciado em 20 de janeiro de 2024. O de-orbit, que marca o encerramento da operação de um satélite, foi concluído em apenas cinco dias, em 25 de janeiro. Nenhum cliente era atendido pelo equipamento desde dezembro do ano passado, já que os transponders do satélite já estavam desativados.
À Anatel, a SES também informou que todas as estações terrenas associadas ao NSS-7, registradas no Banco de Dados Técnicos e Administrativos da agência, poderiam ser descadastradas, pois são "estações legadas" (consideradas obsoletas ou não mais necessárias).
Em setembro de 2019, a Anatel havia prorrogado o direito de exploração para o satélite NSS-8 por mais 15 anos – ou seja, até agosto de 2034. No documento de análise do processo de renúncia, a agência informou que não identificou "prejuízos ou descontinuidade aos usuários", já que "verificou-se que não há mais provimento, no Brasil, de capacidade proveniente do satélite em questão".