A Claro avalia que 55% de seu consumo de energia já esteja "blindado" de oscilações tarifárias por conta da produção do insumo para uso próprio. Até o meio de 2022, a meta da operadora é ampliar a condição para 80% do consumo energético.
As informações foram compartilhadas pelo diretor de infraestrutura e logística da empresa, Hamilton Silva, durante evento online realizado nesta quinta-feira, 22. "Em julho do ano que vem, a gente pretende chegar em posição de 80% do consumo blindado a respeito de bandeiras tarifárias", afirmou Silva.
O executivo lembrou que a Claro tem o maior projeto de geração distribuída do País em termos de unidades atendidas. O "bolso" teria sido o principal motivador para o programa iniciado em 2017, visto a conta anual de energia "na casa do bilhão". Já a integração da iniciativa com a pauta ESG seria um movimento mais recente.
Hoje, 52 usinas de diferentes matrizes renováveis estão em operação para suporte da operadora. Elas abastecem mais de 20 mil unidades consumidoras e cerca de 40% das unidades de baixa tensão da tele, como prédios, torres e lojas. Já 300 unidades consumidoras de média tensão são atendidas via mercado livre de energia, através de parcerias de longo prazo.
De acordo com Hamilton Silva, o próximo passo é estender metas também para fornecedores (como fez recentemente a Vivo). "Queremos ter um processo sustentável fim a fim, não garantindo apenas a nossa parte. Vai chegar um momento em que vamos cobrar parceiros que já estão vendo metas se aproximarem mas não estão sendo cobrados de forma efetiva", sinalizou o diretor da Claro, no evento promovido por CPFL Soluções e Futurecom.