Órgão governamental voltado à promoção da inovação e competitividade no setor produtivo, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) tem grandes expectativas quanto ao impacto do 5G na economia e à abertura de novos mercados para empresas que passarem a usufruir da tecnologia.
No evento online TELETIME Tec realizado nesta segunda-feira, 22, o presidente da ABDI, Igor Calvet, endereçou o tema durante debate com empresas, fornecedoras de equipamentos e a Anatel. "Na ABDI, temos lidado com transformação digital da economia brasileira, e a melhor política industrial para o Brasil será a adoção do 5G", afirmou.
Segundo o gestor, a chegada do padrão e o consequente aumento da digitalização de processos trarão incrementos de produtivdade (que estaria estagnada no Brasil há trinta anos, com crescimento de apenas 0,5% no intervalo, contra 6,5% da Coreia do Sul, por exemplo) e competitividade ao País. "No momento pós pandemia, com todas as empresas sofrendo com fluxo de caixa, será possível remodelar negócios através do 5G", pontuou Calvet.
Segundo ele, uma das principais tendências será as chamadas verticais de mercado se "horizontalizando" com ajuda do padrão. "Os negócios vão se tornar cada vez mais horizontais. Especificamente em relação ao 5G, falamos na possibilidade de novos modelos de negócios nas verticais, e muitas vezes competidores de outras verticais se tornam competidores na sua vertical. Isso será uma revolução", declarou Calvet.
Tal movimento já não é novidade para as operadoras de telecom, que têm buscado incursão em outros segmentos para diversificação de receitas. Contudo, com a consolidação de novos elementos como as redes privadas, empresas do segmento industrial também podem ter a oportunidade de compartilhar e até mesmo monetizar suas próprias infraestruturas de conectividade ao lado de parceiros, por exemplo.