Chairman da PT nega qualquer contato com a Oi

Em entrevista ao noticiário português Económico TV nesta terça-feira, 22, o chairman da Portugal Telecom (PT), Henrique Granadeiro, desmentiu matérias veiculadas na imprensa brasileira sugerindo contatos com sócios da Oi. "Não houve e não há qualquer contato no sentido de qualquer acordo ou negócio com a Oi", disse. "E ninguém da PT está autorizado para isso", acrescentou.
Vivo
O chairman também fez questão de dar sua opinião sobre a assembleia geral de acionistas da PT que acontece no próximo dia 30, para decidir se a proposta da Telefónica, de adquirir 30% das ações que a companhia portuguesa detém na Vivo, será ou não aceita. "No dia 30 a questão que opõe a PT à Telefónica não pode ser equacionada numa perspectiva meramente mercantil porque o futuro não tem preço", diz. O executivo acredita que os acionistas terão de decidir se "pretendem liquidar esse investimento (a Vivo), comprometendo o futuro da PT, ou manter a sua confiança na PT por meio do desenvolvimento exponencial da Vivo". "A Vivo não é a única forma de a PT estar no Brasil, mas é seguramente a melhor e a que representa o sangue do nosso sangue", diz.

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Em um cenário de venda da Vivo aos espanhóis, Granadeiro evitou especular a respeito de futuras aquisições da PT no Brasil, mas reforçou que não existem contatos com a Oi. E também não aventou a hipótese de o conselho de administração se demitir caso os acionistas aprovem a venda da Vivo. "Os acionistas são os verdadeiros donos da empresa e teríamos de concluir que este conselho de administração, depois de ter cumprido com grande esforço todas as metas a que se comprometeu na altura da OPA da Sonae, valorizou um dos ativos que é apreciado nesta altura por mais de três vezes do que valia nessa altura".
O conselho de administração da empresa passou a decisão sobre a venda da Vivo para os acionistas, apesar de já ter recomendado que a oferta de 6,5 bilhões de euros seja recusada. "O valor oferecido pela parte da PT na Vivo é insuficiente", repetiu.
OPA
Granadeiro opinou também a respeito da ameaça da Telefónica, de entrar com uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a PT caso esta rejeitasse a oferta para vender a posição que detém na Vivo. "Aquilo que defende as empresas de uma OPA é a forma como são geridas" e acrescentou: "Acho que desse ponto de vista a PT está bem defendida com a qualidade e excelência da sua gestão".

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