A agência de classificação de risco Standard & Poor's Global (S&P) manteve o rating da Unifique em "brAA-", com perspectiva estável, conforme relatório divulgado nesta quinta-feira, 22.
Na avaliação da S&P, a alavancagem e a rentabilidade da operadora não devem ser pressionadas pelos projetos de expansão orgânica e aquisições. Vale lembrar, em conferência com analistas na semana passada, após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre, o CEO da Unifique, Fabiano Busnardo, afirmou que a empresa está pronta para voltar às compras no mercado de provedores.
Inclusive, conforme o relatório da S&P, a expectativa é de que a Unifique aumente gradualmente a sua participação de mercado na região Sul e obtenha ganhos de escala com a integração de eventuais negócios adquiridos.
A agência de rating ainda aponta que a empresa deve ampliar, de forma orgânica, a base de banda larga fixa com cerca de 5 mil novos clientes por mês, mantendo a média do primeiro trimestre. O serviço de telefonia móvel deve gerar receita de aproximadamente R$ 70 milhões neste ano, contra R$ 10 milhões no ano passado.
"A estratégia de oferecer planos móveis em combo com os serviços de fibra, com foco nas vendas direcionadas a clientes existentes, deverá contribuir para o aumento de receitas e a maior retenção de clientes", aponta a S&P.
Capex estável
O relatório indica que o capex deve ficar em torno de R$ 390 milhões em 2025, próximo ao desembolsado no ano passado. Os investimentos devem priorizar a manutenção da infraestrutura de rede fixa e a expansão do serviço móvel.
No que diz respeito a indicadores financeiros, a projeção é de que a margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), ligeiramente impactada pelo início da operação móvel, se estabilize "em torno de 49% nos próximos anos dadas as medidas de controle de despesas e melhora gradual na eficiência operacional".
A S&P ainda projeta índice de dívida bruta sobre Ebitda de 1,7x, nível considerado controlado, e receita de R$ 1,1 bilhão em 2025. "A Unifique tem mantida uma posição de caixa historicamente confortável, permitindo que a empresa enfrente os desafios de curto prazo enquanto continua investimento em crescimento orgânico e aquisições", ressalta a agência de rating.