Operadora de banda larga nascida da compra da antiga Oi Fibra, a Nio pretende atuar como uma operadora móvel virtual (MVNO) no curto prazo, como forma de complementar os serviços fixos prestados a cerca de 4 milhões de assinantes.
O interesse foi relatado pelo CEO da Nio, Marcio Fabbris, em evento nesta quinta-feira, 22, que marcou o lançamento da nova estratégia comercial da empresa. Além de um novo portfólio de banda larga com preços congelados até 2028, a operadora apontou o segmento móvel como parte da estratégia.
"Uma aposta que faremos no curto prazo é complementar a oferta com a operação mobile, através de uma operação virtual. Ainda temos que buscar um parceiro operador que tenha a rede, e que queira ser nossa parceira nesse projeto", afirmou Fabbris, a jornalistas.
Na ocasião, o executivo também classificou como especulação a possibilidade da operadora realizar uma junção com alguma das teles móveis no mercado. "Não há nenhuma conversa nesse sentido", sublinhou o CEO da Nio, que compõe os ativos de telecom controlados por fundos do BTG Pactual.
Caminho natural
Segundo Fabbris, conversas com operadoras para o modelo de MVNO ainda não foram iniciadas, mas poderiam implicar em um ganha-ganha para a potencial parceira, dada a relevância da base de assinantes detida pela operadora na banda larga.
Já para a Nio o movimento seria natural, considerando que a empresa já opera a banda larga em um modelo sem infraestrutura, a partir da rede da V.tal.
Hoje, a oferta da sucessora da Oi Fibra está disponível em cerca de 320 cidades. No momento, a Nio tem avançado na transição de marca para a nova identidade até agosto, inclusive com grande campanha de publicidade que começará em junho.